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Fatores individuais e familiares associados à obesidade pediátrica e ao sucesso de uma abordagem terapêutica

Tese de Doutoramento em Ciências do Consumo Alimentar e Nutrição apresentada à Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, sob orientação de Prof. Dr. António José Mónica Guerra (Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar São João) e coorientação de Dr.ª Carla Cristina Esteves Martins (Escola de Psicologia da Universidade do Minho). / Resumo da tese: A obesidade na criança e no adolescente surge atualmente como um dos grandes problemas de saúde pública à escala mundial (WHO, 2000; Lissau l, 2004). O rápido aumento da prevalência da obesidade pediátrica é suportado pelas grandes mudanças comportamentais sentidas nas últimas décadas. O acesso fácil a alimentos nutricionalmente desequilibrados e disponíveis em porções cada vez maiores, aliado à crescente inactividade, promove um ciclo de risco de desenvolvimento de obesidade desde os primeiros tempos de vida (Thompson JK, 2002; Foreyt JP, 1998). Embora possa haver uma predisposição genética na origem da obesidade, tal não será causa suficiente para explicar o rápido aumento que se tem verificado nas taxas de obesidade infantil nas últimas décadas. A prevalência crescente, entre populações geneticamente estáveis, indica que o ambiente, particularmente os fatores perinatais, possam estar subjacentes à epidemia da obesidade infantil (Ebbling CB, 2002). Também as mudanças comportamentais que levam ao acréscimo da ingestão de alimentos densamente energéticos, bem como os elevados níveis de sedentarismo, parecem ser fatores responsáveis pelo aumento da prevalência desta patologia em idade pediátrica (Gottesman MM, 2003). Ao longo da história da humanidade, verifica-se que a composição genética do ser humano foi seleccionada por processos evolutivos, de forma a sobreviver a longos períodos de fome. Atualmente, a maior disponibilidade de alimentos energéticos, aliada a uma diminuída tarefa física para obter bens alimentares, contraria, de certa forma, a vantagem da selecção genética, considerando os fatores ambientais determinantes neste âmbito (Arner P, 2000; Kopelman PG, 2000). A obesidade e os estilos de vida sedentários são consequência da evolução socioeconómica e cultural que decorreu no último século, particularmente desde a 2ª Guerra Mundial.

Identiferoai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/64882
Date07 December 2012
CreatorsDiana Maria Veloso e Silva
ContributorsFaculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
Source SetsUniversidade do Porto
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese
Formatapplication/pdf
RightsopenAccess, https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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