Desde a retomada do cinema brasileiro, em meados da década de 1990, 2019 revelou-se um ano de tensões e contrastes acentuados, tanto no cenário internacional quanto nacional para a cinematografia brasileira. Enquanto obras do país ganhavam prêmios inéditos e participavam da seleção oficial dos principais festivais de cinema ao redor do mundo, Cannes, Berlim, Veneza, Toronto, entre outros, 2019 também foi o ano de posse do governo Bolsonaro, em que a perseguição à classe artística e aos produtores culturais tornou-se prática institucional. Nesse contexto, Bacurau tornou-se o principal título a encapsular todas essas tensões: de um lado, o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, do outro a perseguição conservadora contra o diretor, o filme e o audiovisual brasileiro em geral.
A presente pesquisa pretende apresentar o panorama e os contrastes do cinema brasileiro em 2019, a partir de análises de mercado e de políticas públicas que contribuíram para o maior ano de aclamação internacional do cinema brasileiro até o presente momento, tendo como foco principal a repercussão do filme Bacurau no twitter e sua influência no desempenho da distribuição do filme em território brasileiro. Para isto, pretende-se levantar hipóteses para investigar quais motivos contribuíram para o desempenho da distribuição de Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e depois testá-las por meio de entrevistas e análise de conteúdo de tweets coletados entre agosto e dezembro de 2019.
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/136418 |
Date | 30 July 2021 |
Creators | Elisa Kobi Ghil |
Contributors | Faculdade de Engenharia |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Rights | openAccess |
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