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Representações sociais de ciclos de aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife

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Previous issue date: 2009 / A presente pesquisa tem como objetivo analisar as representações sociais dos ciclos de
aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife. O trabalho tem como
suporte teórico estudos relativos à organização escolar em ciclos e sobre a teoria das
representações sociais, iniciada por Serge Moscovici. Compreendem-se os ciclos de
aprendizagem tendo como base a concepção de uma escola inclusiva, representando um
importante progresso na democratização do ensino. Com a preocupação com os altos índices
de reprovação e de distorção idade-série, os ciclos apresentam diretrizes que se opõem à
escola seriada, indo além da ênfase na regularização do fluxo escolar. O trabalho tomou como
referência teórico-metodológica a análise de conteúdo, privilegiando, no conjunto das técnicas
da análise temática, a análise categorial. O corpus de análise foi definido a partir das
entrevistas realizadas com as professoras participantes da pesquisa. Na perspectiva das
representações sociais, a análise buscou a riqueza do simbólico que existe no senso comum e
que traz à tona a emoção, os sentimentos, os sentidos e significados que os sujeitos sociais
dão à sua realidade. Os resultados da pesquisa apontam para visões que se contrapõem e se
excluem entre a validade da organização escolar em ciclos de aprendizagem e seus entraves,
tais como a falta de formação, de condições de trabalho e de infra-estrutura, e a não retenção
dos alunos. O distanciamento entre teoria e prática é percebido nas falas dos sujeitos
participantes da pesquisa, quando os relatos sobre a organização do trabalho pedagógico se
afastam dos aspectos avaliativos, curriculares e didáticos presentes nas diretrizes dos ciclos de
aprendizagem adotados pela Secretaria de Educação do município do Recife. Assinala-se
também que, nas entrevistas, os sentidos, sentimentos e significados atribuídos pelas
professoras à política de ciclos de aprendizagem, no que se refere a não reprovação, são de
angústia, revolta, tristeza, impotência, frustração e sofrimento. Pôde-se perceber que os
conceitos de progressão continuada e promoção automática aparecem nos depoimentos das
professoras, sob a mesma ótica, indistintamente. Registra-se, ainda, nas colocações feitas
pelas professoras, um apego tanto à avaliação através de provas e atribuição de notas, quanto
ao regime de seriação. As representações sociais dos ciclos de aprendizagem emergidas nas
falas das professoras atribuem importância à participação social dos sujeitos envolvidos, para
que políticas educacionais sejam de fato concretizadas e legitimadas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4894
Date31 January 2009
CreatorsPerrusi Bandeira de Mello, Suely
ContributorsGranja Porto, Zélia
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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