A pesquisa versa sobre o fenômeno da historicidade pessoal e a possibilidade de articulação dessa mesma historicidade. Ao discutir esse acontecimento no interior do contexto clínico, pretende-se contribuir para o avanço dos estudos no campo da Psicologia Clínica, mais especificamente, na abordagem de orientação fenomenológica e hermenêutica. Tomando como ponto de apoio a ideia de historicidade, tal como proposta pelo filósofo Martin Heidegger em Ser e tempo, como realização concreta da temporalidade do existir, buscamos compreender como um determinado modo de lidar com a história pessoal pode se esgotar, abrindo espaço para que um projeto existencial venha a alcançar mobilidade histórica. Ao pensarmos esta questão inserida no contexto clínico, a partir da relação entre terapeuta e paciente, torna-se relevante pensar o papel do terapeuta como aquele que sustenta um lugar de tensão com a medida do paciente, guardando um espaço de alteridade, um espaço do acontecimento de outra possibilidade. Para tanto, o trabalho se encaminha no sentido de agrupar referências teóricas do que foi produzido no campo da Psicologia fenomenológicohermenêutica, com ênfase na daseinsanálise de Ludwig Binswanger e Medard Boss. O que caracteriza propriamente este trabalho é partir das referências de Ser e tempo e do trabalho dos psiquiatras citados, somando a elas o pensamento tardio de Martin Heidegger, apresentando uma aplicabilidade diversa do que a pensada pelo autor, na medida em que busca fazer uma analogia entre as reflexões de Heidegger sobre a mobilidade histórica do mundo e a possibilidade da mobilidade histórica do paciente no contexto clínico / The research approaches the phenomenon of personal historicity and the possibility of articulation of this same historicity. In discussing this event within the clinical context, it is intended to contribute to the progress of studies in the field of clinical psychology, more specifically, in the phenomenological and hermeneutical approach. Taking the idea of historicity, as proposed by the philosopher Martin Heidegger in Being and Time, as a concrete realization of the temporality of being, we seek to understand how a certain way of dealing with personal history can be exhausted, opening space so an existential project can be able to reach historical mobility. When considering this matter inserted in the clinical context, from the relationship between therapist and patient, it becomes relevant to think of the role of the therapist as the one who holds a place of tension with the patient\'s measure, keeping a space of alterity, a space of occurrence of another possibility. To this end, this work is directed towards grouping theoretical references of what was produced in the field of phenomenological-hermeneutic psychology, with emphasis on the daseinsanalysis of Ludwig Binswanger and Medard Boss. What characterizes this work is to be based on the references of Being and Time and the work of the mentioned psychiatrists, adding to them the late work of Martin Heidegger, presenting a different applicability than the one thought by the author, in that it seeks to make an analogy between Heidegger\'s reflections on the historical mobility of the world and the possibility of historical mobility of the patient in the clinical context
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-01042019-100523 |
Date | 17 December 2018 |
Creators | Assis, André Sendra de |
Contributors | Safra, Gilberto |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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