Nesta dissertação, analisa-se, sob uma perspectiva comparatista, a relação entre Cartas Portuguesas, a obra atribuída a Soror Mariana Alcoforado, e Novas Cartas Portuguesas, a obra de Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, à luz da Teoria Queer e dos Estudos Feministas. As autoras, recorrendo a estratégias de transgressão e subversão dos modelos tradicionais, procedem à re-significação do cânone, personalizando as suas personagens femininas um poder de agência que tradicionalmente era negado às mulheres, pelo poder hegemónico. Tanto o hipotexto como o hipertexto atravessam e violam todo o tipo de fronteiras, impossibilitando classificações estáticas, tanto as estético-literárias, como as ligadas à corporeidade, à subjectividade e à fluidez das categorias identitárias. As duas obras descontroem sistematicamente estereótipos cristalizados, além de anticiparem problemáticas socioculturais ainda longe de estarem esclarecidas, o que faz delas um objecto de estudo adequado a uma releitura "queer".
Identifer | oai:union.ndltd.org:up.pt/oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/16206 |
Date | January 2007 |
Creators | Simosas, Maria Marta Pessanha Mascarenhas, Amaral, Ana Luísa |
Publisher | Porto : [Edição do Autor] |
Source Sets | Universidade do Porto |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação |
Format | application/pdf |
Source | http://aleph.letras.up.pt/F?func=find-b&find_code=SYS&request=000194881 |
Rights | openAccess |
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