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O reconto de histórias em língua de sinais

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Previous issue date: 2006 / O presente trabalho teve como objetivo principal investigar a habilidade dos Surdos
para compreender e produzir textos, mais especificamente os narrativos, por meio da língua de
sinais. Foi avaliada a qualidade dessa compreensão através da condição de reproduzir
fidedignamente uma história em diferentes gêneros narrativos. Buscou-se, então, aproximar o
verdadeiro canal de comunicação dos Surdos, que é o gestual visual, da condição de input e
output das informações investigadas, o que, além de assegurar um modelo mais justo de pesquisa,
pode sugerir abordagens mais precisas no que diz respeito à compreensão de leitura, garantindo
um processo de aprendizagem mais adequado, direcionado e eficiente. Participaram deste estudo
180 sujeitos de ambos os sexos e que cursavam a 4ª série do ensino fundamental da rede pública
estadual e municipal da cidade do Recife, os quais foram divididos em três grupos: Grupo 1
ouvinte EJA (60); Grupo 2 ouvinte REGULAR (60) e Grupo 3 SURDOS (60). Todos foram
submetidos a um teste denominado Type Token Test, para avaliar a habilidade lingüística.
Posteriormente, por meio de uma fita previamente gravada, cada grupo recebeu as instruções para
realizar, dentro de seu código lingüístico, o reconto da história em diferentes gêneros narrativos:
Vídeo, História em Quadrinhos e Escrita. Todos os recontos foram filmados, sendo que no grupo
dos Surdos foi mantida a sua reprodução, sem que se recorresse à tradução para glosa do
português. Por tratar especificamente de reproduções narrativas como tarefa de compreensão, o
estudo seguiu o modelo da gramática de histórias. As respostas foram categorizadas, mantendo a
fidelidade ao texto original, sendo então analisadas quanto à reprodução, ao tipo de agrupamento
(segmentação da história recontada) e à estratégia de evocação. Os resultados indicaram que o
desempenho lingüístico foi do tipo ruim e regular para todos os grupos estudados. Dentre os
diferentes gêneros narrativos, a História em Quadrinhos foi apontada como a que gerou menos
dificuldades e a escrita, como a que gerou mais. Quanto aos Surdos, observou-se que eles
apresentaram um desempenho inferior em relação aos demais grupos. As hipóteses para explicar
essa ocorrência são que quase não há textos produzidos em língua de sinais e que poucas são as
histórias veiculadas a essa população nos diversos gêneros narrativos aqui propostos. Diante
desse resultado, conclui-se que é urgente e necessária uma mudança das práticas pedagógicas
voltadas para essa população minoritária. Para se consolidar como um aprendiz, o Surdo deve ser
autônomo, deve ser provido de experiências que o encorajem a construir significados, sendo
sempre possível incrementar sua capacidade de aprender através de mediação cognitiva
apropriada. Para isso, sugere-se no presente estudo que seja utilizada a língua de sinais

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8375
Date January 2006
Creatorsdo Rosário de Fátima Brandão de Amorim, Maria
Contributorsda Graça Bompastor Borges Dias, Maria
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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