A meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública até o ano 2000 proposta em 1991 pela OMS, foi postergada para 2005 em alguns países. A doença atualmente é considerada endêmica em 12 países no mundo e o Brasil juntamente com outros onze países, africanos e asiáticos, são os responsáveis pelos casos da doença ainda existentes no mundo. O processo de urbanização intenso ocorrido no país principalmente a partir da década de 70, não só agravou a hanseníase, mas todas as outras endemias. Este estudo tem como objetivo analisar a endemia hansênica na área urbana do município de Fernandópolis/SP, segundo sua distribuição espacial, descrevendo sua relação com as condições de vida da população, visando orientar o planejamento local das políticas públicas de controle e eliminação da hanseníase. Trata-se de um estudo ecológico, cujo dados de morbidade foram obtidos no SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) no período de 1997 a 2002 e os dados referentes à população foram obtidos no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) relativos ao Censo Demográfico de 2000. A base cartográfica georreferenciada foi adquirida no setor de planejamento da prefeitura municipal. O Índice de Carência Social construído com as variáveis renda, escolaridade, estrutura urbana e condições de habitação, classificou os setores censitários urbanos e estes foram comparados com os respectivos coeficientes de detecção média de casos novos de hanseníase no período. O georreferenciamento dos dados agregados por setores censitários possibilitou essa análise. Estabeleceu-se áreas de alto (17,62%), médio (24,43%) e baixo risco coletivo (57,96%). O método proposto contribuiu para detectar as desigualdades sócio-econômicas e identificar a relação com os padrões da distribuição da ocorrência da hanseníase no município. Evidenciou áreas prioritárias de ações de saúde, instrumentalizando o planejamento em nível local. Acredita-se que somente com ações intersetoriais de saúde que retrate a melhoria das condições de vida da população, o município possa atingir e manter a tão almejada meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública. / The aim to the elimination of leprosy as a public health care problem to the year 2000, as proposed by the WHO, was stretched to the year 2005 in some countries. At present, the disease is considered endemics in 12 countries in the world, and Brazil, along with the eleven countries, both African and Asiatic, are responsible for the disease cases that are existent around the world. The intense urban process which has occurred in the country, especially in the 70s, not only aggravated leprosy but all other endemics that are. This study aims to analyze the leprosy endemics in the City of Fernandópolis municipality urban area, according to spatial distribution, describing its relationship with the populations life condition targeting the orientation of a local plan of public control policies and elimination of leprosy. It deals with an ecologic study whose death data were obtained from SIAN (System of Information of Aggravation and Notification) in the period from 1997 to 2002 and reference data as to population were obtained in the BIGS (Brazilian Institute of Geography and Statistics) relating to Demographic Census of the year 2000. The geo-reference cartographic base was acquired in the planning sector of the local city hall. The Social Lack Index built with income variables, schooling, urban structure and habitat conditions classified the urban census sectors and those were compared with the respective coefficients of the medium detection of newly cases of leprosy in the time frame. The geo-reference of aggregated data by the census sectors have enabled that analysis. It has been established of high (17,62%), of medium (24,43%), and of low risk collective area (57,96%). The proposed method contributed to detect the social-economic disproportion and to identify the relation with the distribution standards of leprosy in the municipality. Priority areas of health care actions made clear locally. It is believed that only with inter-sector health care actions that show the improvement of life condition of the population, the municipality will be able to reach and keep the so hoped elimination purpose of leprosy as a health care problem.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-18052004-085207 |
Date | 12 December 2003 |
Creators | Denise Aparecida Mencaroni |
Contributors | Maria Helena Pessini de Oliveira, Norma Tiraboschi Foss, Lúcia Maria Frazão Helene, Claudia Benedita dos Santos, Tereza Cristina Scatena Villa |
Publisher | Universidade de São Paulo, Enfermagem em Saúde Pública, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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