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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O problema da vulnerabilidade e riscos relacionados à atividade profissional vem chamando a atenção para a importância de compreender os padrões e dinâmicas desse fenômeno nos diversos contextos. No caso dos taxistas, a necessidade de estabelecer formas de auto-proteção em interações rápidas com desconhecidos implica a avaliação dos riscos e estratégias para minimizá-los, entre as quais se destaca aquelas ligadas à seleção e avaliação de passageiros, que é realizada através da busca de propriedades garantidoras da confiança para essa relação. Como a maior parte dessas propriedades não podem ser diretamente observadas, os taxistas buscam sinais emitidos pelos passageiros que possam indicar a sua confiabilidade, de modo que possam ser então classificados como bons ou maus. Nessa perspectiva, busquei identificar que propriedades e sinais são observados pelos taxistas e as estratégias utilizadas para identificá-los. Para fazê-lo, optei por um recorte qualitativo e realizei a coleta de informações através das técnicas de levantamento bibliográfico, da realização de nove entrevistas semi-estruturadas e do desenvolvimento de um grupo focal. A partir desses procedimentos pude perceber que são considerados mais importantes sinais relativos ao comportamento dos passageiros, tidos como mais difíceis de serem imitados por aqueles que tentam se passar por bons passageiros (olhar, expressão corporal, linguagem etc). A análise das entrevistas e do grupo focal indicou, ainda, que as habilidades avaliativas e a capacidade de desenvolver e aplicar estratégias são desenvolvidas na vivência da profissão, tendo grande relevância as experiências negativas vivenciadas com maus passageiros, e a troca de informações com colegas de profissão. Este aprendizado, porém, não ocorre de forma isolada, fazendo parte de um aprendizado mais amplo que diz respeito à inserção dos taxistas na profissão. Utilizei nessa pesquisa a perspectiva neorracionalista da confiança baseado nos estudos de Gambetta e Hamill (2005), Gambetta e Bacharach (1999), Hardin (2002), preocupados com um tipo específico de confiança que Hardin (2002) chama interesse encapsulado, no qual as expectativas daquele que confia dependem do acesso a certas motivações daquele no qual se confia. Essa perspectiva teórica mostrou-se bastante útil, configurando-se em uma importante ferramenta para o estudo de interações face-a-face que envolvem tomada de decisão em situações de exposição ao risco e vulnerabilidade
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9195 |
Date | 31 January 2011 |
Creators | da Motta e Silva Netto, Gilberto |
Contributors | Luiz de Amorim Ratton Júnior, José |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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