Return to search

Entre o poder e a ciência: história das instituições de saúde e de higiene da Paraíba na Primeira República (1889-1930)

Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2017-04-12T17:30:22Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
TESE Silvera Vieira UFPE.pdf: 3285315 bytes, checksum: 5d831e3e09fe8d8531c85cacb9cffc84 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-12T17:30:22Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
TESE Silvera Vieira UFPE.pdf: 3285315 bytes, checksum: 5d831e3e09fe8d8531c85cacb9cffc84 (MD5)
Previous issue date: 2016-06-27 / Este trabalho tem como objetivo problematizar as políticas desenvolvidas pelas instituições de saúde e de higiene na Paraíba na Primeira República (1889-1930), em suas interfaces com o poder, a ciência e os conflitos sociais. Esta analise centra-se na perspectiva de relacionar o processo de institucionalização dos serviços de saúde e de higiene e a expansão da autoridade pública na sociedade. O presente estudo fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Nova História, sobretudo, nas discussões apresentadas por René Remond (2003), e no conceito de teatralização do poder, defendido George Balandier (1982), além disso, utilizamos como aporte teórico os conceitos trazidos pela História Social no âmbito das repercussões da ciência na sociedade e dos conflitos sociais. Nesta análise, abordamos os surtos epidêmicos do final do século XIX e início do século XX, observando seus efeitos sociais, suas relações com os poderes públicos, como também as repercussões da ciência nos modos de ver a doença e as práticas de cura. Além disso, enfatizamos a atuação quase “nula” do Estado no referido âmbito, verificadas nos momentos de incidência de epidemias e doenças, e exemplificadas na atuação das Inspetorias de Higiene. Neste contexto de ausência do Estado em questões de saúde e de higiene, observamos a atuação das entidades assistenciais, tais como a Santa Casa de Misericórdia e o Instituto de Proteção e Assistência à Infância, instituições que visavam preencher as lacunas deixadas pelo Estado, principalmente no tocante a assistência médica hospitalar e a assistência médica e higiênica à mulher grávida e a infância. Como estas instituições não eram suficientes para atender a demanda da população inicia-se então o processo de institucionalização dos serviços de saúde e de higiene, com a criação do Serviço de Higiene Pública, em 1911, e o Serviço de Profilaxia Rural, em 1921. Este processo realizou-se mediante a constituição de um corpo de funcionários, o surgimento de um conjunto de leis e normas de procedimentos, a construção de prédios e as ações de saúde e de higiene realizadas na sociedade. Deste modo, identificamos a presença do Estado no universo social e o processo de expansão do aparato estatal. Sendo assim, consideramos que o processo de crescimento da autoridade pública na sociedade paraibana esteve relacionada diretamente à institucionalização dos serviços de saúde e de higiene. / This work aims to discuss the polices pursued by health and hygiene institutions in Paraíba during the First Republic (1889-1930), in their interfaces with power, science and social conflicts. This analysis focuses on the perspective of relating the institutionalization process of health and hygiene services and public authority expansion on society. This study is based on the New History theoretical assumptions, especially in the discussions presented by René Remond (2003), and in the concept of theatricality of power, defended by George Balandier (1982), besides, we use as theoretical support the concepts from Social History in the context of science impacts on society and the social conflicts. In this analysis, we deal with the epidemic outbreaks from the late nineteenth century and early twentieth century, remarking their social effects, their relationship with public authorities, as well as science repercussions in the ways of looking at disease and its healing practices. We also emphasize the almost “invalid” State actions in that sphere, checked during times of epidemic and disease incidence, and exemplified in the Hygiene Inspectorate performance. In this context of absence from the State in health and hygiene matters, we notice the work of assistance organizations, such as the Santa Casa da Misericórdia and the Instituto de Proteção e Assistência à Criança, institutions aimed at filling the gaps left by the State, especially with regard to hospital assistance and medical and hygienic care to pregnant women and children. Since these institutions were not enough to support the demand of population, the institutionalization process of health and hygiene services begins then with the creation of the Public Hygiene Service, in 1911, and the Rural Prophylaxes Service, in 1921. This process took place through the formation of a staff body, the emergence of a set of procedures laws and rules, the construction of buildings and health and hygiene actions performed in society. Thus, we have identified the State’s presence on the social universe and the process of the state apparatus expansion. Therefore, we consider that the public authority growth process in Paraíba society was directly related to the institutionalization of health and hygiene services.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18557
Date27 June 2016
CreatorsARAÚJO, Silvera Vieira de
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/6680019466959953, MIRANDA, Carlos Alberto Cunha
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Historia, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds