Return to search

Deslocamentos estudantis: juventudes, trajetórias e a geopolítica do conhecimento nos intercâmbios acadêmicos

Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-16T14:47:18Z
No. of bitstreams: 1
leonardofranciscodeazevedo.pdf: 1174267 bytes, checksum: 771c50e38ee563df2e28a2d6cf0e517b (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-06-28T11:34:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1
leonardofranciscodeazevedo.pdf: 1174267 bytes, checksum: 771c50e38ee563df2e28a2d6cf0e517b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-28T11:34:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
leonardofranciscodeazevedo.pdf: 1174267 bytes, checksum: 771c50e38ee563df2e28a2d6cf0e517b (MD5)
Previous issue date: 2015-04-28 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As migrações, no mundo contemporâneo, têm se intensificado e se complexificado significativamente. Pessoas, objetos e ideias circulam por diferentes lugares e de distintas maneiras, redimensionando noções de espaço e tempo, de pertencimento e de configurações identitárias. A presente pesquisa, frente a esse contexto, objetivou investigar a migração estudantil através dos intercâmbios acadêmicos. Esse tipo de migração, crescente nos últimos anos, possui singularidades que afetam sobremaneira as trajetórias e percepções de quem os pratica. A partir da experiência de alunos de graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que realizaram intercâmbio estudantil nos anos de 2013 e 2014, bem como da própria experiência do pesquisador, que realizou intercâmbio em sua graduação no ano de 2011, buscou-se compreender e caracterizar esse fenômeno. Através de entrevistas e observação participante, percebeu-se que este tipo de migração possui uma correlação direta com o corte geracional. A ideia de “ser jovem” pressupõe estar disponível para viver novas experiências e incorporar ideais cosmopolitas. Entretanto, esses estudantes, ao irem para um país estrangeiro, encontram dificuldades de integração com a população “nativa”, restringindo suas interações ao universo de seus pares, ou seja, outros intercambistas. Apesar dessa condição de “estrangeiro”, o intercâmbio atua como elemento diferenciador e distintivo em relação às redes desses estudantes no Brasil. Além disso, o intercâmbio contribui para a construção de projetos de vida e para a ampliação do “campo de possibilidades” desses sujeitos, alargando significativamente suas percepções e perspectivas sobre suas próprias vidas e sobre o mundo. O “estar fora”, a experiência do estranhamento, promovem a ressignificação de uma identidade brasileira, utilizada como estratégia de diferenciação em relação aos estrangeiros. Por fim, cabe destacar esse fenômeno como parte de projetos governamentais de desenvolvimento, se inserindo no cenário global da disputa geopolítica pelo conhecimento científico. / Migration, in the contemporary world, has intensified and got significantly more complex. People, objects and ideas circulate among different places and different ways, resizing notions of space and time and configurations of belonging and identity. This research, in this context, aimed at investigating the student’s migration through academic exchanges. This type of migration, growing in recent years, has singularities that greatly affect the trajectories and perceptions of those who practice them. Based on the experience of the graduate students from the Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), which had exchanged students in the years 2013 and 2014, as well as the experience of the researcher, who was himself an exchange student on his undergraduation in 2011, there came an attempt to understand and describe this phenomenon. Through interviews and participant observation, it was noticed that this type of migration has a direct correlation to the generational cut. The idea of "being young" presupposes being available for new experiences and incorporating cosmopolitan ideal. However, these students who go to a foreign country face many integration difficulties to hang on with the locals, restricting their interactions to the universe of their peers, or, in other words, with other exchange students. Despite of this "foreign" condition, the exchange student acts as a differentiating and distinctive element for the network of these students in Brazil. In addition, the exchange student contributes to the construction of life projects and the expansion of the "field of possibilities" of these subjects, extending significantly their perceptions and perspectives on their own lives and on the world. The living out and the experience of the strangeness promote the redefinition of a Brazilian identity, used as a differentiation strategy in relation to foreigners. Finally, we highlight this phenomenon as part of government development projects, by inserting in the global arena of geopolitical dispute for scientific knowledge.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1522
Date28 April 2015
CreatorsAzevedo, Leonardo Francisco de
ContributorsDutra , Rogéria Campos de Almeida, Silva, Cristina Dias da, Barreto, Alessandra Siqueira
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, UFJF, Brasil, ICH – Instituto de Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds