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Previous issue date: 2017-01-26 / Este trabalho faz um estudo teórico do lugar da criança na pólis, destacando as
relações e os processos originados em um contexto específico, que procura encontrar o sentido histórico e filosófico existente nos séculos IV e III a.C. Utiliza uma genealogia para estudar o cenário do reconhecimento político dos gregos. O foco encontra-se nas práticas discursivas que transitam no idealismo e na representação da pólis, cuja problemática inspira-se no referencial socrático, ou seja, compreender o porquê da aparente ausência do reconhecimento público da criança na pólis. Para desvendar essa questão utiliza o estilo vivencial de Sócrates, e mais especificamente a
categorização socrática da doxa, ao estudar a opinião como potencialidade e
racionalidade da criança. A disposição socrática ocorre como um estranhamento à política instituída pela pólis e se estabelece à sua margem, gerando tensão, segundo o critério da opinião. Ao se diferenciar dos padrões aplicados no reconhecimento da cidadania da pólis, prefere o argumento à opinião, outra lógica e significado da participação relacional. Sócrates convida seus interlocutores para uma participação reflexiva, relacional e dialógica, porém mais aberta, ou seja, fora do paradigma do enquadramento ideal da polis. Nesse locus, o problema do reconhecimento público da criança se torna complexo devido ao questionamento sobre quais bases e reflexos se sobrepõem ao impacto da afirmação da opinião da criança (e do in-fans). Utiliza práticas discursivas em prol de sua práxis e propõe como nova teoria a possibilidade de instaurar a opinião da criança ao reconhecê-la no espaço público, comum e participativo. Autores secundários e intérpretes do pensamento socrático seguem a lógica pretendida neste trabalho, concentrando-se em duas partes: a primeira é norteada pelos estudos socráticos e pela escolha dos critérios (opinião ou a razão), tanto entre Sócrates e a paideía e a pólis quanto entre Sócrates e os filósofos clássicos
Platão e Aristóteles; a segunda tenta restabelecer o mesmo debate da ausência do reconhecimento da criança, mas sob outro referencial, o da modernidade, estudado em seu caráter e especificidade. Assim, este estudo objetivou contribuir para o debate atual ao analisar novos modelos para reconhecer politicamente a criança na sociedade, alicerçado em um mecanismo político regido por outras lógicas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8518 |
Date | 26 January 2017 |
Creators | SERUTE, M. |
Contributors | OLIVEIRA, E. A. M., SGARBI, A. D., FOERSTE, E., CARVALHO, J. M., ARAUJO, V. C. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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