Return to search

Homem não chora: o abuso sexual contra meninos

Made available in DSpace on 2016-04-29T14:16:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Fabiana Aparecida de Carvalho.pdf: 1701525 bytes, checksum: ee350655ab44efa68b5c434b2f9156ad (MD5)
Previous issue date: 2015-02-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present study has the title: "Men don't cry: the sexual abuse against boys". In Brazil, in 2012, it was registered 10425 cases of sexual abuse against children and youngsters, where 8677 were against girls. In the majority of cases the perpretator of the abuse is a male and from the trust circle of the child. The diference between male victims and female victims is very obvious and the perpetrators - in their majority - are men. Why do we study boys as victims? The invisibility of boys in the context of sexual victimisation called our attention and became the focus of this research. Some cultural factors corroborate for the boys' sexual victimisation concealing, such as: the understanding of the fact with naturality comprehending the event as "man's thing"; the heritage of resistance and male virility, by mean of which hide what happened, by fear of social reprisal and of futures questioning about the victim's masculinity. The study's objective consisted in investigate the consequences of the sexual abuse for the boy and analise the repercussion of the sexual violence against the man/boy in the familiar convivence and communitarian. Of qualitative nature, we performed profound interviews with three boys and a man that experienced sexual abuse, two mothers and one victimised boy's carer. The research's results revealed different meanings atributed to the suffered sexual abuse, according to trajectory and the experiences of each subject. The homossexuality fear developed from sexual abuse was present in some interviewed's speech, as well as the reproduction of the abuse. Several historical advances through the action of different social movements have gained a solid agenda about the topic in general agenda of public policy. However, the cultural transformation that can alter the rigidity of genres is still a challenge to be pursued, as well as advance our understanding of sexuality in its human dimension and authorization to talk about it, without configurating other violence for this / O presente estudo tem por título: Homem não chora: o abuso sexual contra meninos . No Brasil, em 2012, foram registrados 10425 casos de abuso sexual contra crianças e jovens, sendo 8677 deles contra meninas. Na maioria dos casos o autor do abuso é do sexo masculino e do círculo de confiança da criança. A diferença entre as vítimas femininas e masculinas é gritante e os autores - em sua maioria - são homens. Por que estudar os meninos como vítimas? A invisibilidade do menino no contexto de vitimização sexual chamou nossa atenção e se tornou foco desta pesquisa. Alguns fatores culturais corroboram para o ocultamento da vitimização sexual do menino, tais como: a compreensão do fato com naturalidade entendendo o evento como coisa de homem ; a herança da resistência e da virilidade masculina, por meio da qual se esconde o ocorrido, por medo de represálias sociais e de questionamentos futuros sobre a masculinidade da vítima. O objetivo do estudo consistiu em perquirir as consequências do abuso sexual para o menino e em analisar a repercussão da violência sexual contra o homem/menino na convivência familiar e comunitária. De natureza qualitativa, realizamos entrevistas aprofundadas com três meninos e um homem que vivenciaram o abuso sexual, duas mães e uma cuidadora de meninos vitimizados sexualmente. Os resultados da pesquisa revelaram diferentes sentidos atribuídos ao abuso sexual sofrido, conforme a trajetória e as vivências de cada sujeito. O medo da homossexualidade desenvolvida a partir do abuso sexual se fez presente em alguns discursos dos entrevistados, bem como o da reprodução do abuso. Diversos avanços históricos por meio da ação de diferentes movimentos sociais conquistaram uma pauta contínua sobre a temática na agenda geral da política pública. Contudo, a transformação cultural capaz de alterar a fixidez dos gêneros ainda é um desafio a ser perseguido, assim como o avanço na compreensão da sexualidade em sua dimensão humana e a autorização para falar sobre ela, sem que para isso tenha que configurar-se outra violência

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/17716
Date25 February 2015
CreatorsCarvalho, Fabiana Aparecida de
ContributorsRodrigues, Maria Lucia
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social, PUC-SP, BR, Serviço Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds