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Testemunho, indução e as críticas de Hume à crença em milagres

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-10-17T12:56:22Z
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2012_LuisFelipeLopes.pdf: 1186360 bytes, checksum: bcbf5eaad1e4774b010214ca1626ab35 (MD5) / A presente dissertação pretende apresentar a discussão de Hume acerca da existência e crença em milagres, bem como as principais críticas que o autor escocês apresenta a esse problema, tendo em vista sua tentativa de reformular a Filosofia, visando a compreensão da natureza humana de modo rigoroso. Para ele, não há justificativa racional que possa fundamentar e/ou justificar a crença na ocorrência em eventos miraculosos, uma vez que as evidências empíricas não são satisfeitas. Ora, Hume tenta fundamentar a filosofia como ciência de rigor, baseando-se em critérios de justificação que remetem à experiência, sendo que tudo quanto não estiver de acordo com tais critérios de justificação, torna-se algo irracional ou ilusório. Desse modo, o autor escocês desacredita o uso do testemunho como critério de justificação na crença em eventos milagrosos, bem como acredita que a ocorrência de tais eventos não pode encontrar evidências empíricas que as fundamentem, uma vez que, por definição, o milagre deve ser um fato que extrapola o ordenamento da natureza, quebrando com a suposta regularidade das leis naturais. Contudo, a estrutura da crítica humeana, que em muitos momentos se mostra apriorística, conflita com sua própria filosofia, pois elementos centrais de sua investigação filosófica em geral - como a valorização do senso comum, do uso do testemunho e a crítica à ideia de conexão necessária - acabam sendo desvalorizados; ou superestimados, como é o caso da ideia de conexão causal necessária, o que reduz o escopo de sua crítica à racionalidade na crença em milagres. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation intends to present a discussion of Hume on the existence and belief in miracles as well as the main criticisms that the Scottish author presents to this problem in view of its attempt to reformulate the Philosophy, aiming at the understanding of the human nature in a rigorous way. For it, does not have rational justification that he can base and/or justify the belief in the occurrence in miraculosos events, once the empirical evidences are not satisfied. However, as Hume attempts to ground philosophy as rigorous science, based on criteria for justification for referring to the experience, being that everything how much will not be in accordance with such criteria of justification, it is something irrational or illusory. In this manner, the Scottish author discredits the use of the testimony as criterion of justification in the belief in miraculous events, as well as believes that the occurrence of such events cannot find evidences empirical to support them, since, by definition, the miracle must be a fact that goes beyond the order of nature, breaking with the supposed regularity of natural laws. However, the structure of the humeana critic, who at many moments reveals herself aprioristic, conflicts with his own philosophy, because central elements of its philosophical investigation in general - as the valuation of the common sense, the use of the testimony and the critic to the idea of necessary connection - finishes being devaluated; or overestimated, as it is the case of the idea of necessary causal connection, which reduces the scope of his critic to the rationality in the belief in miracles.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/11434
Date03 August 2012
CreatorsLopes, Luis Felipe
ContributorsPortugal, Agnaldo Cuoco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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