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Pessoa, amizade e reconhecimento : pressupostos éticos do conceito de justiça na tradição clássica

A presente dissertação procura identificar quais são os pressupostos éticos do conceito de justiça na tradição clássica, através de um estudo divido em três partes: a primeira vinculada aos elementos de caráter antropológico, a segunda aos condicionamentos de cunho relacional e a terceira destinada propriamente ao estudo dos padrões de reconhecimento. A divisão tripartite é justificada em termos de método, dada a vinculação de cada um dos três capítulos a um autor que lhe é central. O capítulo primeiro situa-se no âmbito das discussões de Robert Spaemann, o segundo na teoria ética da amizade (philia) em Aristóteles e o capítulo final nas recentes formulações da teoria do reconhecimento de Axel Honneth. Ao longo do capítulo dedicado a Robert Spaemann, reflete-se sobre a especial condição humana, a pessoalidade, da qual decorrem as características antropológicas que possibilitam a ação justa. O estudo dedicado à amizade reconhece as características distintivas desta frente à justiça, especialmente no que se refere às limitações que impõe na constituição da relação subseqüente. Por fim, os termos da teoria do reconhecimento são analisados sob a ótica da tradição clássica, reestruturando-se o modelo hegeliano de modo a torná-lo coerente com o modelo antropológico pessoal. O estudo encerra-se com a indicação de quais são os pressupostos éticos identificados. / The paper intends to identify which are the ethical conditions of the concept of justice in the classical tradition, through a study divided in three parts: the first concerning the anthropological elements of such conditioning, the second concerning the relational conditions and the third based on the study of the patterns of recognition. The threefold division is justified in terms of method, considering that each of the three chapters has an author that is central to it. The first chapter is situated on the discussions of Robert Spaemann, the second on the ethical theory of friendship (philia) of Aristotle and the final chapter on the recent formulations of the recognition theory of Axel Honneth. In the chapter dedicated to Robert Spaemann, reflections concerning the special human condition, the personhood, are developed, from which are extracted the anthropological conditions of the just action. The study dedicated to friendship recognizes the distinctive characteristics of such in relation to justice, especially concerning the limitations that imposes on the subsequent relation. At last, the terms of the recognition theory are analyzed under the classical tradition of though, reconstructing the Hegelian model in such a way as to make it coherent to the personal anthropological model. The study ends with the indication of which are the ethical conditions identified.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/8042
Date January 2006
CreatorsVidor, Vinícius Costa
ContributorsBarzotto, Luis Fernando
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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