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O olhar desencantado em ensaio sobre a cegueira de José Saramago / The look disenchanted in Blindness by José Saramago

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Previous issue date: 2011-04-01 / Blindness, written by Jose Saramago, has causing many research interests since its publication in 1995. Considering the novel as a socially symbolic narrative, an undeniable characteristic of the book is related to the very unique time in which the story occurs: the end of the millennium. On the eve of the twenty-first century, the society represented by the Portuguese writer has not learned to deal with the remaining problems from the Modern Age. The scientificism inherited from earlier centuries as well as the utopian hope that reason would provide the world with a new meaning, is one of the ways in which the process of disenchantment of the world develops itself in the last centuries. Since we notice that the world is in a heightened stage of this process, possibly without return, we see the novel as a deep Saramago criticism to the social model of capitalism: out of this parameter there is not a possible idea of civilization to the characters and the fear of barbarism practices emerges. Individuals present in Blindness when beset by the white evil do not show humanity and dignity as we see in the current moral social standards. This work aims to analyze, based on the weberian sociology, how the termination of a disenchanted world is constructed in the novel, questioning the possibilities for a re-enchantment through the experience of blindness and inquiring the motivations to the fact that the doctor s wife is the only visionary remaining in a world of blind people. / Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, vem suscitando desde sua publicação em 1995, inúmeros interesses de pesquisa. Tomando a obra como uma narrativa socialmente simbólica, uma das facetas inegáveis está justamente relacionada ao tempo muito singular no qual se insere: o de fim de milênio. Às vésperas do século XXI, a sociedade ainda não aprendeu a lidar com problemas e circunstâncias muito particulares provindos da modernidade. O cientificismo herdado de séculos anteriores, bem como a utópica esperança de que a razão dotaria o mundo de novo sentido, configura uma das vias do processo de desencantamento do mundo em curso há alguns séculos. Mediante a percepção de que o mundo encena uma etapa intensificada deste processo, possivelmente sem volta, percebemos na obra analisada uma profunda crítica saramaguiana ante o agrilhoamento social ao modelo capitalista: fora desse parâmetro não há civilização possível para os personagens e o temor de um barbarismo emerge. Em Ensaio sobre a cegueira, os indivíduos, quando assolados pelo mal-branco, não atestam os caracteres de humanidade e dignidade correntes nos padrões sociais éticos e morais, mas se entregam às situações mais abjectas. Os objetivos da pesquisa se configuram, portanto, em analisar, a partir da vertente sociológica weberiana, de que forma a denúncia deste mundo desencantado é feita na obra, verificando quais as possibilidades de um reencantamento mediante a experiência da cegueira e cogitando respostas ao fato de a mulher do médico permanecer como a única visionária restante.

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Date01 April 2011
CreatorsSilva, Adriana Gonçalves da
ContributorsCampos, Maria Cristina Pimentel, Gonçalves, Gracia Regina, Roani, Gerson Luiz, Faria, ângela Beatriz de Carvalho, Silva, Nilson Adauto Guimarães da
PublisherUniversidade Federal de Viçosa, Mestrado em Letras, UFV, BR, Estudos Linguisticos e Estudos Literários
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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