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DiagnÃstico microbiolÃgico, imunoenzimÃtico e molecular e perfil de genes associados à virulÃncia de Campylobacter

Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Campylobacter sp. à uma importante causa de enterite de origem alimentar com alta incidÃncia na populaÃÃo infantil de paÃses em desenvolvimento. No entanto, o diagnÃstico especÃfico de sua etiologia segue como um desafio, visto que mÃtodos moleculares e imunoenzimÃticos tÃm se mostrado mais sensÃveis. Postulamos que o conhecimento de sua virulÃncia e o diagnÃstico especÃfico possam ajudar na identificaÃÃo e potencial controle da campilobacteriose na infÃncia. Foi determinada a etiologia de diarreia por Campylobacter sp., em um estudo transversal sobre diarreia em crianÃas de 0-36 meses residentes da Ãrea urbana de Fortaleza, CearÃ, Brasil, que necessitaram de atendimento mÃdico de urgÃncia por causa de doenÃa diarreica. ApÃs a aprovaÃÃo Ãtica do estudo, um questionÃrio foi aplicado para qualificar as condiÃÃes clÃnicas apresentadas por cada crianÃa no momento da admissÃo. O DNA foi extraÃdo diretamente de amostras fecais coletadas de 226 crianÃas. Para a detecÃÃo do agente etiolÃgico, utilizamos diagnÃstico molecular (PCR e RT-PCR) e diagnÃstico imunoenzimÃtico (ELISA), alÃm da detecÃÃo de genes associados à virulÃncia de C. jejuni (PCR). Campylobacter sp. foi encontrado em 8,9% (20/225) das amostras, por diagnÃstico microbiolÃgico convencional. C. jejuni e C. coli foram detectados em 19,5% (44/226) e 1,3% (3/226) das amostras diarreicas, respectivamente, por PCR. Os diagnÃsticos por RT-PCR e ELISA alcanÃaram 26,7% (60/225) e 37,9% (58/153), respectivamente. Quando considerada a combinaÃÃo de diagnÃsticos (positividade no diagnÃstico microbiolÃgico ou no imunoenzimÃtico e ao menos em um dos testes moleculares) a prevalÃncia encontrada foi de 16,4% (37/226). A concordÃncia entre os testes para diagnÃstico utilizados foi de moderada a regular, de acordo com o Ãndice de Kappa. Genes associados à virulÃncia foram detectados nas seguintes proporÃÃes de amostras positivas para C. jejuni: flaA, 79,5% (35/44); racR, 97,7% (43/44) e dnaJ, 88,6% (39/44) â relacionados à adesÃo bacteriana e colonizaÃÃo; ciaB, 97,7% (43/44); pldA, 45,4% (20/44) e pVir 0% (0/44) â relacionados à invasÃo; e cdtABC em 95,4% (42/44) das amostras, operon relacionado à produÃÃo da toxina citoletal distensora (CDT). Sinais e sintomas especÃficos, tais como sangue nas fezes, vÃmito, febre e/ou dor abdominal, apesar de bastante frequentes, nÃo foram associados com a detecÃÃo de C. jejuni. O perfil de distribuiÃÃo dos genes de virulÃncia de C. jejuni nÃo apresentou correlaÃÃo com a apresentaÃÃo clÃnica da doenÃa, mesmo quando tal perfil foi categorizado de acordo com a funÃÃo das proteÃnas codificadas pelos genes, o que nos leva a crer que outros fatores, talvez relacionados à susceptibilidade do hospedeiro, possam ser mais importantes do que a variabilidade genÃtica do micro-organismo. ConcluÃmos que Campylobacter sp. foi detectado em percentual relevante da populaÃÃo estudada, principalmente quando os mÃtodos diagnÃsticos foram utilizados de forma combinada. Em geral, os genes de virulÃncia foram detectados em uma alta proporÃÃo das amostras positivas para C. jejuni, embora os genes relacionados à invasÃo tenham sido menos frequentemente encontrados. Corroboramos dados de outros grupos sobre a necessidade de revisÃo do diagnÃstico para Campylobacter sp. em prol da inclusÃo de metodologias mais sensÃveis e espÃcie-especÃficas, alÃm da busca por marcadores para inflamaÃÃo intestinal e fatores preditivos de cultura negativa. / Campylobacter sp. is an important cause of food-borne gastroenteritis with high incidence in children living in developing countries. However, the specific diagnosis of its etiology remains as a challenge, since conventional diagnosis by culture is now challenged by molecular and immunoenzymatic methods, which have greater sensitivity. We postulate that the knowledge of its virulence and specific diagnosis may assist in identifying and potentially controling campylobacteriosis in childhood. We determined the etiology of Campylobacter sp. associated diarrhea, in a cross-sectional study of diarrhea in children aged 0-36 months from the urban area of Fortaleza, CearÃ, Brazil, who required emergency medical care because of diarrheal disease. After ethical approval of the study, a questionnaire was applied to describe the clinical conditions presented by each child at the time of admission. DNA was extracted directly from fecal samples collected from 226 children. For the determination of the etiologic agent we used molecular diagnostics (PCR and RT-PCR) and diagnostic immunoassay (ELISA), besides the detection of virulence associated genes of C. jejuni (PCR). Campylobacter sp. was found in 8.9% (20/225) of the samples by conventional microbiological diagnosis. C. jejuni and C. coli were detected in 19.5% (44/226) and 1.3% (3/226) of the diarrheic samples, respectively. The diagnostic RT-PCR and ELISA reached 26.7% (60/225) and 37.9% (58/153) of positivity, respectively. When considering the combination of diagnostic (positive in microbiological diagnosis or immunoassay and at least one of the molecular tests) the prevalence was 16.4% (37/226). The agreement between the tests used for diagnosis was moderate to regular, according to Kappa index. The presence of C. jejuniÂs virulence-associated genes that encode proteins related to the pathogenesis of micro-organism were detected in the following proportions of C. jejuni-positive DNA samples: flaA, 79.5% (35/44); racR, 97.7% (43/44) and dnaJ, 88.6% (39/44) â related to bacterial adhesion and colonization; ciaB, 97.7 % (43/44); pldA, 45.4% (20/44) and pVir 0% (0/44) â related to invasion, and cdtABC in 95.4% (42/44) of samples related to citoletal distending toxin (CDT). Specific signs and symptoms such as blood in the stool, vomiting, fever and/or abdominal pain, although quite frequent, were not associated with the detection of C. jejuni. The distribution profile of C. jejuniÂs virulence genes was not correlated with the clinical presentation of the disease, even when this profile was categorized according to the function of the proteins encoded by the genes, which leads us to believe that other factors, perhaps related to host susceptibility, may be more important than genetic variability of the microorganism. We conclude that Campylobacter sp. was detected in a significant percentage of the children 0-36 months with diarrhea, especially when the diagnostic methods were used in combination. In general, the virulence genes were detected in a high proportion of C. jejuni-positive samples, although the invasion-related genes have been found less frequently. Our data corroborates findings from other groups on the need to revise the diagnostic for Campylobacter sp. towards the inclusion of more sensitive and species-specific methods, as well as search for extra markers for intestinal inflammation and predictors of negative culture.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:7568
Date20 September 2013
CreatorsJosiane da Silva Quetz
ContributorsAldo Ãngelo Moreira Lima, Cristiane Cunha Frota, Ila Fernanda Nunes Lima, Paula Prazeres MagalhÃes, Ana Karoline da Costa Ribeiro
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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