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Poder em Hannah Arendt: uma leitura

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Previous issue date: 2007-11-09 / It is reasonable believing that the idea of power construction produced by
Hannah Arendt and registered in the philosophy and politics circles, that it is taking
up spaces in different moments, has her personal experiences as inspiration. The
intellectual trajectory of the writer has begun in philosophy, next to important
germane characters and philosophers, in special Martin Heidegger and Karl Jaspers,
leaving after for the politics theory by the influence of Henrich Blücher, in the United
States of America, and has gotten back, at last, for the philosophy. It is possible
grasping in the Arendt s thought tries to show a meaning of politics that develops
itself inside of a conception of world and with the men, included in their various
human activities and that had divided in 1. labor that activity said by needy and at
the same time, trivial inside a biological process, that it is derived, once that it
consumes in its own metabolism individual or collective; 2. the work by it and its
extraction done from nature of the things are created by the homo faber, with its
consequent world conversion in a space of shared objects by the human being; and
the 3. action the only activity that fulfills directly among the men without the objects
or the material mediation. The action occupies, at the arendtian context, one of the
fundamental conditions in the man s life, united by the capacity of leading free his
own destiny, represented still the only way of individual expression. Arendt searches
to show a power conception that it is not limited from domination or hierarchies
aspects, but free from those situations of pure submission, subordination or
leadership circumstances by the men. The power for Arendt is built by the
interactions of three elements, in other words, 1. the whole action, 2. the
communication and the 3. common sense. Arendt, with her thought about power,
includes every mechanism of whole action function, which becomes one of the
biggest collaborators in the democratic process, serving as incentive for communities
and organizations in their fights or demands for rights that can take to formation and
development of specific ideas, including the direct and continuous participation.
Nevertheless, there are difficulties for introducing the participating democracy, mainly
in the under-developing countries. In Brazil, there is a way in this point, by some
mechanisms contained in the Federal Constitution of 1988. This is the point of this
investigation / É razoável acreditar que a construção da idéia de poder, como produzida por
Hannah Arendt, e registrada nas esferas da filosofia e da política, ocupando espaços
em momentos distintos, tem suas experiências pessoais como inspiração. A
trajetória intelectual da autora inicia-se na filosofia, ao lado de importantes
personagens e filósofos alemães, especialmente Martin Heidegger e Karl Jaspers,
partindo posteriormente para a teoria política por influência de Heinrich Blücher, nos
Estados Unidos, e retorna, finalmente, para a filosofia. É possível apreender, no
pensamento de Arendt, um significado de política que se desenvolve no interior de
uma concepção de mundo e com os homens, inseridos nas suas diversas atividades
humanas, divididas em 1) o labor - aquela atividade marcada pela necessidade e
concomitante futilidade dentro de um processo biológico, do qual é derivativa, uma
vez que se consome no próprio metabolismo, individual ou coletivo; 2) o trabalho -
por meio dele e das extrações efetuadas da natureza, as coisas são criadas pelo
homo faber, com sua conseqüente conversão do mundo em um espaço de objetos
partilhados pelo homem; e 3) a ação - única atividade que se exerce diretamente
entre os homens sem a mediação das coisas ou da matéria. A ação ocupa, no
contexto arendtiano, uma das condições fundamentais na vida do homem,
consubstanciada pela capacidade de conduzir livremente seu próprio destino,
representando ainda a única forma de expressão da singularidade individual. Busca
Arendt apresentar uma concepção de poder que não está circunscrita a aspectos de
dominação ou hierarquização, mas na total desvinculação daquelas situações de
puro jugo, subordinação ou mando por parte dos homens. O poder para Arendt se
constrói pela interação de três elementos, ou seja, a 1) ação conjunta, 2) a
comunicação e o 3) senso comum. Arendt, com o seu pensamento de poder,
compreende todo o mecanismo da ação conjunta, tornando-se uma das grandes
colaboradoras no processo democrático, servindo de incentivo para comunidades e
organizações em suas lutas ou reivindicações de direitos, que podem levar à
formação e ao desenvolvimento de idéias concretas, inclusive por meio da
participação direta e contínua. Não obstante, há dificuldades para se implantar a
democracia participativa, principalmente em países subdesenvolvidos. No Brasil, há
um caminhar neste sentido, por meio de alguns mecanismos contidos na
Constituição Federal de 1988. Este é o sentido desta investigação

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/7832
Date09 November 2007
CreatorsManzato, Marcos Valério Carvalho
ContributorsRoverati, Haydee Maria
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Direito, PUC-SP, BR, Direito
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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