Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2007. / Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2009-12-01T14:52:51Z
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Previous issue date: 2007-05-25 / O presente trabalho tem como foco a construção da rodovia Transamazônica, realizada durante o regime militar, no governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). Entretanto, não se trata de uma crônica da construção da estrada, mas sim de uma problematização da repercussão da obra em duas das principais revistas de circulação nacional do período: O Cruzeiro e Manchete. São estes os anos do chamado “milagre brasileiro”, portanto, nessa conjuntura, associada à compreensão de um “destino manifesto” da nação, a estrada passou a figurar nas revistas (a exemplo dos discursos oficiais), como importante marco constitutivo de um “Brasil grande”, “Brasil potência”. Sua construção repercutiu ainda nos mais variados tipos de discursos como representando a “maior aventura vivida por um povo na face da Terra”, a “última grande aventura do século”. Estabelece-se o seguinte raciocínio: o desafio/aventura de construir a Transamazônica é o de construir o “Brasil potência”, de modo a adiantar assim o futuro para o qual a nação está predestinada. Este raciocínio traduz uma estratégia de legitimação do regime por se acreditar na capacidade de produzir mobilização social de afetos que a idéia do desafio/aventura portaria. Contudo, qualificá-la apenas como uma estratégia política seria descaracterizá-la. Por isso, entendemos mais adequado explorarmos essa constelação simbólica que envolve construção da Transamazônica, circunscrita pelo tema da aventura e do “Brasil grande”, na forma daquilo que definimos como “mito da grande aventura nacional”. Desta forma, no interior do debate sobre mídia e política, problematizamos a atuação das revistas durante o regime militar, perscrutando ainda a historicidade do “Brasil potência” no pensamento militar brasileiro. ________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This assay approach to construction of the Transamazônica highway, performed during the military regimen in the government of Emílio Garrastazu Médici (1969 – 1974). However, it is not a chronicle of Trasamazônica construction events, but a discussion about the repercussion of the highway’s building in two important national magazines of the cited period, O Cruzeiro and Manchete. Those years were known Brazilian miracle. Therefore, in this conjuncture, the road was shown as an important constituent happening in the “Brasil grande”, “Brasil potência”. Its construction still resounded in the several types of speeches representing the “bigger adventure lived for a people in the face of the Land”, the “last great adventure of the century”. The challenge to constructing the Transamazônica is the constructing of “Brasil potência”, so that advances the future for which the nation is predestined. This reasoning means a legitimating strategy of the military regime by believing the capacity to generate social mobilization that the challenge idea would carry. However, to qualify it only as a politics strategy would be to change its characteristics. So, we believe being more suitable to explore this whole symbols that involves Transamazônica’s building represented by adventure theme and by “Brasil grande”, defined as “the myth of the great national adventure”. Therefore, up against this discussion about media and politics, we analyze the actuation of the magazines during the military regime, exploring the historic perspective of “Brasil potência” in the Brazilian military thought.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/2510 |
Date | 25 May 2007 |
Creators | Menezes, Fernando Dominience |
Contributors | Fonseca, Celso Silva |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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