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Níveis séricos de prolactina e marcadores inflamatórios em pacientes com doença renal crônica

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Previous issue date: 2016-07-08 / A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se por perda irreversível e progressiva da função
renal, com redução da taxa de filtração glomerular ou alteração renal estrutural. É bastante
prevalente no Brasil e no mundo, principalmente devido às suas principais etiologias:
hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. A DRC apresenta elevadas taxas de
morbimortalidade, principalmente de origem cardiovascular. Os fatores de risco
cardiovascular tradicionais como hipertensão arterial sistêmica, diabetes melllitus,
tabagismo, dislipidemia e hipertrofia de ventrículo esquerdo são bem estudados nesta
população. Os fatores ditos não-tradicionais como hiperfosfatemia, inflamação,
microalbuminúria e anemia aumentam cada vez mais sua importância. Dentre estes nãotradicionais,
começa a haver um interesse crescente sobre a prolactina (PRL), que têm seus
níveis séricos aumentados em pacientes com DRC devido à uma redução de sua excreção
renal e ainda um estímulo para sua secreção pela uremia. A partir disso, objetivou-se
realizar um estudo de corte transversal em pacientes com DRC avaliando níveis séricos de
PRL e sua correlação com marcadores inflamatórios. Foram avaliados 178 pacientes com
DRC (estágios 3, 4 e 5), em um único centro de referência em nefrologia, por um período
de 6 meses. Foram incluídos todos os pacientes consecutivos atendidos em ambulatório de
referência para DRC (151) e pacientes em hemodiálise (27). Destes, 146 tiveram avaliados
os seus níveis de PRL e de marcadores inflamatórios [Interleucina-6 (IL-6), proteína C
reativa ultrassensível (PCRus), ferritina e albumina]. Foram estudados os níveis médios de
PRL em cada estágio da DRC e sua relação com marcadores inflamatórios. Observou-se
que a taxa de filtração glomerular teve relação inversa com os níveis séricos de PRL,
ocorrendo também um aumento da prevalência de hiperprolactinemia com a perda de
função renal (19% no estágio 3; 32,4% no estágio 4; 40% no estágio 5 conservador e 81,5%
no estágio 5 em hemodiálise). Foi visto ainda que nos pacientes submetidos à hemodiálise,
os níveis de IL-6 foram estatisticamente mais elevados naqueles com prolactina mais
elevada em relação àqueles com prolactina normal (p= 0,046). Houve tendência aos níveis
de prolactina serem maiores nos pacientes com IL-6 ou PCRus elevados nos demais
estágios da DRC. Não houve diferença estatística entre os níveis de ferritina e albumina nos
pacientes com PRL elevada ou normal tanto nos pacientes em tratamento conservador
quanto nos pacientes em hemodiálise. Portanto, a prevalência de hiperprolactinemia
aumentou com a perda de função renal, e em pacientes com DRC em hemodiálise os níveis
de IL-6 são significativamente mais elevados naqueles com prolactina elevada. / Chronic kidney disease (CKD) is characterized by irreversible and progressive loss of renal
function with decreased glomerular filtration rate or renal structural change. CKD is a
common disease in Brazil and worldwide, mainly due to its main causes: hypertension and
diabetes mellitus. The CKD has high morbidity and mortality rates, particularly from
cardiovascular causes. Traditional cardiovascular risk factors such as hypertension, diabetes
mellitus, smoking, dyslipidemia, and left ventricular hypertrophy are well studied in this
population. Nonetheless, nontraditional risk factors, such as hyperphosphatemia, anemia,
inflammation, and microalbuminuria, have received increasing attention. Hyperprolactinemia is
also gaining attention among the nontraditional risk factors. It has increased serum levels in
patients with CKD due to a reduction of renal excretion and also a stimulus to secretion by
uremia. From that aimed we conduct a cross-sectional study in patients with CKD assessing
serum PRL and its correlation with inflammatory markers. 178 patients were evaluated with
CKD (stages 3, 4 and 5), in a single reference center in nephrology, for a period of 6
months. They included all consecutive patients seen at referral center for CKD (151) and
hemodialysis patients (27). Of these, 146 were assessed their levels of PRL and
inflammatory markers [Interleukin-6 (IL-6), high-sensitive C-reactive protein (hsCRP),
ferritin and serum albumin]. PRL average levels were studied in each stage of CKD and its
relationship to inflammatory markers. It was concluded that the glomerular filtration rate
was inversely related to serum levels of PRL, also been an increase in the prevalence of
hyperprolactinemia with the loss of renal function (19% in stage 3, 32.4% in stage 4, 40%
in stage 5 conservative and 81.5% in stage 5 on hemodialysis). It was also seen that in
patients undergoing hemodialysis, the IL-6 levels were significantly higher in those with
higher prolactin compared to those with normal prolactin (p = 0.046). There was a tendency
to prolactin levels are higher in patients with IL-6 or high CRP in other stages of CKD.
There was no statistical difference between ferritin and albumin levels in patients with high
or normal PRL in patients undergoing conservative treatment or hemodialysis. Therefore,
the prevalence of hyperprolactinemia increased with loss of renal function, and in
hemodialysis patients with CKD IL-6 levels were significantly higher in those with elevated
prolactin.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17954
Date08 July 2016
CreatorsDOURADO, Marclébio Manuel Coêlho
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/3951575473211544, VILAR, Lucio
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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