Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2016. / Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2017-01-13T15:04:14Z
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2016_CristinaHamester.pdf: 1092519 bytes, checksum: 53ac3fb161953f66f10849a8291373cd (MD5) / A hanseníase é uma doença transmitida pelo M. leprae e faz parte do grupo das doenças negligenciadas, as quais são endêmicas em populações de baixa renda, possui baixa mortalidade, é estigmatizante e provoca incapacidades e deformidades físicas, principalmente quando não diagnosticada precocemente. O objetivo deste estudo foi analisar a experiência das pessoas diagnosticadas com hanseníase, atendidas no Hospital Universitário de Brasília, e como estas vivenciam a doença e o tratamento em seus corpos e em suas relações sociofamiliares e profissionais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, feita por meio de entrevista semiestruturada, que contemplou dados pessoais, início da doença, medicação, satisfação com o atendimento, preconceito, dificuldades e mudanças após o diagnóstico. Foram entrevistados 27 pacientes que se encontravam em tratamento ou acompanhamento de hanseníase. O perfil das pessoas em tratamento de hanseníase é composto majoritariamente por: sexo feminino; renda familiar de 1 a 2 salários mínimos; ensino fundamental incompleto; pardos; têm profissões sem carteira assinada, de baixo salário; idade entre 30 e 40 anos; a composição familiar é de 3 a 4 pessoas por residência; provenientes de áreas periféricas de Brasília e entorno do Distrito Federal. A hanseníase, apesar de ter cura, continua envolta em preconceitos, estigmas e desconhecimentos acerca de suas características, transmissibilidade e tratamento, principalmente devido à falta de informações e conhecimento. A hanseníase é uma doença promotora e perpetuadora da pobreza, é um sintoma de desvantagem social, intelectual, de desenvolvimento, e, claro, de pobreza. A população acometida compartilha características que lhes permite persistir em condições de pobreza, sugerindo um habitus em comum. O estudo sugere também que, após o diagnóstico de hanseníase, ocorrem diversas mudanças e adaptações à nova realidade destes pacientes, tanto na vida social, familiar e profissional. / Leprosy is a transmittable disease caused by M. leprae and is part of a group of neglected diseases. This disease is endemic in low income populations, possesses a low mortality rate, stigmatizing and can produce handicaps and physical deformities when not diagnosed in early stages. This study´s main goal was to analyze the experiences of people diagnosed with leprosy who were treated at Brasilia´s University Hospital and how they experienced the disease and their treatments, as well as how it affected their social-familial and professional relationships. It is a qualitative research study, conducted through semi-structured interviews, that analyzed personal information, the disease´s beginning, medication, satisfaction with the services provided, prejudices, difficulties and changes after the diagnosis. Twenty-seven people were interviewed who were undergoing treatment or who were under observation for leprosy. The average people’s background was discovered to mainly be: female patients; casual workers, with low salary; family income of 1 or 2 minimum wages; incomplete basic education; brown skinned; aged between 30 and 40; family composition of 3 to 4 persons per home; coming from Brasilia´s periphery and the Federal District´s surrounding area. Although there is a cure, leprosy still evokes prejudices, stigmas and misinformation about its characteristics, transmission and treatment, mainly due to the lack of information and knowledge. Leprosy is a disease that promotes and perpetuates poverty, it’s a symptom of social inequality, intellectual, of development, and, of course, of poverty. The population affected share characteristics that cause them to persist in poverty conditions, suggesting a common habitus. The study also suggests that, after the leprosy diagnosis, several changes and adaptations occur to the people’s new reality, in their social, familial and professional lives.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/22493 |
Date | 24 October 2016 |
Creators | Hamester, Cristina |
Contributors | Montagner, Miguel Ângelo |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess |
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