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Participação dos receptores de potencial transitório no efeito antinociceptivo orofacial da frutalina

Made available in DSpace on 2019-03-30T00:12:01Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2016-06-30 / Orofacial pain of multiple causes is a highly prevalent clinical condition. It has been suggsted transient receptor potential (TRP) channels play a role in the peripheral mechanisms. Much attention is currently focused on the anti-inflammatory and antinociceptive properties of lectins. This is the first study that evaluate the ability of a lectin to attenuate orofacial pain in experimental animal models. The purpose of this study was to evaluate the antinociceptive effects of frutalin (FTL), an ¿-D-galactosebinding lectin isolated from the seeds of Artocarpus incisa L. Using rodent models of acute orofacial, neuropathic and corneal nociception. Acute pain was induced by administration of formalin, glutamate or capsaicin s.c. in the perinasal area or by instillation of hypertonic saline in the cornea of mice pretreated with FTL (0.25; 0.5 or 1 mg/kg i.p.). Some of the animals in the corneal nociception model were pretreated with L-NAME or naloxone in order to identify the antinociceptive mechanism of FTL. Also, lectin-sugar (D-galactose) binding was allowed to determine the involvement of sugar residues in the lectin effect. A FTL 0,5 mg/kg was the most effective, therefore the dose being chosen to be used in this model. Furthermore, formalin was injected into the temporomandibular joint of rats pretreated with FTL (0.5 mg/kg, i.p.). Nociceptive response was proxied by intensity of rubbing and head flinching. Neuropathic nociception was induced by transection of the infraorbital nerve (IONX), followed by acetone-induced cold hypersensitivity in rats pretreated with FTL (0.5 mg/kg, i.p.). The effect of FTL on motor activity in mice was evaluated with the rotarod test. FTL was found to significantly reduce orofacial nociceptive behaviors induced by formalin (in both stages of the test), glutamate and capsaicin. In the corneal nociception test, rubbing was less intense in animals pretreated with FTL. The effect was reverted by L-NAME and D-galactose, but not by naloxone. FTL reduced rubbing but not head flinching in animals injected with formalin. In animals submitted to IONX, FTL significantly reduced facial rubbing (decreased thermal hypersensitivity) on postoperative days 3, 5, 7 and 10, compared to controls (sham and naïve). No motor changes were observed in the rotarod test. Our findings suggest that FTL may act by blocking TRP channels since it reduced nociception induced by capsaicin, glutamate and saline (TRPV1 channel), formalin (TRPA1 and TRPV4 channels) and acetone (TRPM8 and TRPA1 channels). The effect of FTL was associated with its lectin domain. Thus, the study confirmed the ability of FTL to pharmacologically inhibit orofacial nociception in acute and chronic pain.

Key words: Lectins; Frutalin; Artocarpus incisa L; Orofacial Nociception; Neuropathic Pain. / A dor orofacial é uma condição clínica altamente prevalente, que possui múltiplas causas. Têm sido sugerido que os canais da família dos TRP (receptor de potencial transitório) devem estar envolvidos nos mecanismos periféricos desta condição. Atualmente, as propriedades anti-inflamatórias e antinociceptivas das lectinas têm sido amplamente estudadas. Este é o primeiro estudo que avalia a capacidade de uma lectina de atenuar a dor orofacial em modelos experimentais animais. Tendo portanto como objetivo avaliar a atividade antinociceptiva da frutalina (FTL), lectina ¿-D galactose ligante, que é isolada das sementes de Artocarpus incisa L., utilizando modelos de nocicepção orofacial aguda e neuropática e corneal em roedores. A nocicepção aguda foi induzida pela administração subcutânea (s.c.) de formalina, glutamato ou capsaicina na área perinasal de camundongos ou pela instilação de salina hipertônica na córnea de camundongos pré-tratados com FTL (0,25; 0,5 ou 1 mg/kg i.p.). Em seguida foi avaliado o comportamento de rubbing da região afetada. Ainda utilizando o modelo de nocicepção corneal foi avaliado o efeito do pré-tratamento com L-NAME ou Naloxona, na tentativa de elucidarmos o possível mecanismo de ação da FTL. Foi deterrminado também neste mesmo modelo, o envolvimento do domínio lectínico no efeito antinociceptivo dessa lectina, através da ligação dela com o seu açúcar (D-galactose). A FTL 0,5 mg/kg foi a mais efetiva, sendo portanto a dose escolhida para ser utilizada neste modelo. A formalina também foi aplicada na articulação temporomandibular (ATM) de ratos pré-tratados
com FTL 0,5 mg/kg (i.p.). A resposta nociceptiva foi caracterizada pelos comportamentos de rubbing e head flinching. A nocicepção neuropática foi induzida pela transecção do nervo infraorbital (IONX), seguida de hipersensibiliadade ao frio induzida por acetona, em ratos pré-tratados com FTL 0,5 mg/kg (i.p.). Para avaliar a interferência da FTL no comportamento locomotor dos animais foi realizado o teste Rota-rod em camundongos. Nossos resultados mostraram que a FTL reduziu significativamente o comportamento nociceptivo orofacial induzido pela formalina (em ambas as fases do teste), glutamato e capsaicina. No teste de nocicepção corneal, os animais pré-tratados com FTL apresentaram diminuição significativa do comportamento de rubbing ocular. Este efeito foi revertido por L-NAME e Dgalactose, mas não por Naloxona. A FTL reduziu o comportamento de rubbing, mas não de head flinching dos animais que receberam formalina na ATM. Na hipersensibilidade ao frio induzida pela acetona, após a transecção do nervo infraorbital, os ratos tratados com FTL tiveram uma diminuição significativa do comportamento de rubbing facial (menor hipersensibilidade térmica) nos dias 3, 5, 7 e 10, após o procedimento cirúrgico, quando comparado aos grupos controles (sham e naive). Os animais submetidos ao teste Rota-rod não apresentaram incordenação motora. Os resultados sugerem que a FTL pode estar atuando via bloqueio dos canais TRPs, uma vez que reduziu o efeito nociceptivo induzido pela capsaicina, glutamato e salina hipertônica, (que atuam no canal TRPV1), pela formalina (que atua nos canais TRPA1e TRPV4) e pela acetona (que atua nos canais TRPM8 e TRPA1). Esse efeito está associado ao seu domínio lectínico. Com base nesses achados, podemos confirmar o potencial farmacológico da FTL como um inibidor da nocicepção orofacial na dor aguda e crônica.

Palavras-chaves: Lectinas; Frutalina; Artocarpus incisa L; Nocicepção orofacial; Dor Neuropática.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/99686
Date30 June 2016
CreatorsDamasceno, Marina de Barros Mamede Vidal
ContributorsBarros, Adriana Rolim Campos, Barros, Adriana Rolim Campos, Abdon, Ana Paula de Vasconcellos, Lima Júnior, Roberto César Pereira
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Ciências Médicas, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7373256108306728375, 500, 500, 292441653440865123

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