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Enriquecimento em magnetita e hematita em zonas de cisalhamento de cinturões orogênicos intracontinentais: o exemplo do setor norte do Orógeno Araçuaí-Oeste Congo, Brasil

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Dissertação Mestrado Michelli.pdf: 4172618 bytes, checksum: 5fb3f009f247a36e9b59dcc9021ae983 (MD5) / A Sequência Metavulcanossedimentar Igaporã-Licínio de Almeida está inserida na borda leste do
Cinturão de Dobramentos e Cavalgamentos do Espinhaço Setentrional, um dos componentes do
Corredor do Paramirim, na porção intracontinental do Orógeno Araçuaí. O objetivo principal desse
trabalho é entender os processos metalogenéticos que levaram à magnetitização e à hematitização
em protominérios estéreis situados em cinturões de dobramentos e cavalgamentos de orógenos
intracontinentais. Na área de estudo ocorrem xistos máficos, itabiritos quartzosos, anfibolíticos e
carbonáticos e rochas carbonatossilicáticas. Os domínios magnetitizados e hematitizados ricos
ocorrem, principalmente, nos itabiritos. A geometria geral do depósito está relacionada com a
presença de duplexes compressionais com topo estrutural para SW. Essas são estruturas
relacionadas com a Zona de Cisalhamento Carrapato e, como elementos de maior escala contém
uma foliação Sn, que é representada por um bandamento composicional e por uma xistosidade
paralelizada a ele. A foliação Sn foi observada em todas as escalas e nos itabiritos transpõe uma
foliação Sn-1 presente em dobras isoclinais intrafoliais. Estruturas S/C/C’, boudins, pinch –and
swell, bem como dobras em bainha e dobras em cortina são coetâneas à formação dessa foliação
metamórfica de transposição. Uma lineação de estiramento mineral (Lxn) da mesma fase
deformacional integra o arcabouço estrutural, bem como uma incipiente foliação que trunca a Sn-
1//Sn e que se relaciona com as dobras em cortina. A alteração hidrotermal é coetânea com o
desenvolvimento das zonas de cisalhamento, tendo sido identificados estágios de potassificação
(biotitização e moscovitização), alteração à clorita, carbonatação, alteração a carbonato e formação
de óxidos de ferro (magnetita e hematita). A magnetita hipogênica aloja-se em estruturas C’ e em
charneiras de dobras isoclinais intrafoliais. Essa geração cresce incluindo silicatos e carbonatos
esqueletiformes ou formando bordas de corrosão em: (i) ferri-tschermakita e oligoclásio em xistos
máficos; (ii) carbonato, actinolita, quartzo, biotita em rochas carbonatossilicáticas; (iii) quartzo em
itabiritos quartzosos; (iv) cumingtonita e quartzo em itabirito anfibolítico; e (v) quartzo, carbonato
e moscovita em itabiritos carbonáticos. Além disso, esses óxidos de ferro também substituem
moscovita, carbonatos, epidoto e porfiroblastos de anfibólios que truncam a Sn. A hematita é
platiforme e ocorre em agregados policristalinos marcando a foliação Sn-1//Sn, bem como a foliação
plano axial (Sn) em dobras isoclinais intrafoliais. A sua formação sugere condições de maior
oxidação do sistema hidrotermal. Determinações por LA-ICPMS mostram que, de forma geral,
nos itabiritos quartzosos e anfibolíticos as magnetitas hipogênicas são mais ricas em Elementos
Terras Raras Leves do que as magnetitas precoces e sua composição se aproxima da composição
da rocha encaixante da mineralização. A formação de domínios com enriquecimento em hematita
e magnetita está relacionada com a percolação de fluidos hidrotermais que dissolveram silicatos,
remobilizaram uma primeira geração de magnetita em itabiritos e precipitaram uma segunda
geração desse mineral aproveitando estruturas de cisalhamento ediacaranas. / ABSTRACT - The Igaporã-Licínio de Almeida Metavolcano-sedimentary Sequence is located at the eastern border of the
Northern Espinhaço Thrust and Fold Belt, one of the components of the Paramirim Corridor, in the
intracontinental portion of the Araçuaí Orogen. The main objective of the present study was to understand
the metallogenetic processes that lead to the magnetization and hematitization in sterile proto-ores located
in thrust and fold belts of intracontinental orogens. Mafic schists, itabirites of quartz, amphibolite and
carbonate composition, and carbonate-silicate rocks occur in the study area. Rich magnetized and
hematitized domains occur mainly in itabirites. The general geometry of the deposit is related to the
presence of compressional duplexes that present their structural top towards SW. These structures are
related to the Carrapato Shear Zone and contain as large scale elements Sn foliation, which is represented
by compositional banding and parallel schistosity. Sn foliation was observed at all scales and in the itabirites
it transposed Sn-1 foliation present in intrafolial isoclinal folds. S/C/C’, boudins, pinch-and-swell structures,
as well as sheath and curtain folds are coetaneous with the formation of this metamorphic transposition
foliation. Mineral stretching lineation (Lxn) from the same deformational phase integrates the structural
framework, as well as an incipient foliation that truncates Sn-1//Sn and is related to curtain folds.
Hydrothermal alteration is coetaneous with the development of shear zones, where stages of potassification
(biotitization and muscovitization), alteration into chlorite, carbonation, alteration into carbonate, and
formation of iron oxides (magnetite and hematite) were identified. Hypogenic magnetite lodges itself in C’
structures and in fold axes of intrafolial isoclinal folds. This generation grows either including silicates and
skeletal carbonates or forming corrosion edges in: (i) ferrotschermakite and oligoclase in mafic schists; (ii)
carbonate, actinolite, quartz, biotite in carbonate-silicate rocks; (iii) quartz in quartz-rich itabirites; (iv)
cummingtonite and quartz in amphibolitic itabirites; and (v) quartz, carbonate, and muscovite in carbonate
itabirites. In addition, this iron oxide also replaced muscovite, carbonates, epidote, and are found in
porphyroblasts of amphiboles that truncate the Sn foliation. Hematite is platy-shaped and occurs in
polycrystalline aggregates, characterizing the Sn-1//Sn foliation, as well as the axial plane foliation (Sn) in
intrafolial isoclinal folds. Its formation suggests higher oxidation conditions of the hydrothermal system.
The LA-ICPMS technique showed that, in general, in quartz-rich and amphibolitic itabirites, hypogenic
magnetites are richer in Light Rare Earth Elements than early magnetites, and their composition is close to
that of the country rock of the mineralization process. The formation of hematite- and magnetite-enriched
domains is related to the percolation of hydrothermal fluids that dissolved silicates, remobilized the first
generation of magnetites in itabirites, and precipitated a second generation of this mineral taking advantage
of Ediacaran shear structures.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/26566
Date27 March 2017
CreatorsSantos, Michelli Santana
ContributorsCruz, Simone Cerqueira Pereira, Cruz, Simone Cerqueira Pereira, Nascimento, Marcos Antonio Leite do, Monteiro, Lena Virgínia Soares
PublisherInstituto de Geociências, Em Geologia, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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