O uso do território, que historicamente se dá de forma seletiva e desigual, revela-nos a face geográfica da desigualdade, dada por organizações territoriais e normatizações políticas. O estudo da formação sócio-espacial brasileira mostra-nos que o uso agrícola de nosso território é revelador destas desigualdades. O processo de modernização do território, intensificado com o último regime militar, garantiu a definitiva transformação do meio geográfico em meio técnico, científico e informacional, atendendo às exigências de um mundo cada vez mais atingido pela globalização. Urbanização, industrialização e modernização agrícola, são marcas deste período. A agricultura torna-se uma atividade científica, fortemente dependente da informação e da pesquisa. Esta agricultura modernizada altera as relações cidade-campo e exige a implantação de sistemas de engenharia complexos que garantam a produção, mas essencialmente a circulação, que neste momento precede a produção propriamente dita. O Estado participa de forma generosa, garantido a implantação de redes de circulação e comunicação. Esta agricultura vincula-se diretamente com o mercado externo, onde tem seus preços e produção determinados, levando o país a uma incomoda posição de subordinação, em um modelo novamente agrário-exportador. Por que, então, os agentes desta agricultura modernizada possuem tamanho poder de fazer política? / The use of the territory that historically occurs in a selective and unequal way, reveal us the geographical face of the inequality given by territorial organizations and political norms. The study of the Brazilian social spatial formation show us that the agricultural using of our territory is the revelation of those inequalities. The process of the territory\'s modernization, intensified by the last military regime, guaranteed the definitive transformation of the geographical milieu in the technical scientific and informative milieu, attending to the requirements of a world more and more affected by globalization. Urbanization, industrialization and the modernization of the agriculture are marks of this period. The agriculture turned into a scientific activity, strongly dependant from information and reserach. This modern agriculture alters the relation citycountryside and requires the implementation of complex engineering systems which guarantee the production, but essentially the circulation that at the moment precedes the production. The State participates in it in a generous way, assuring the implementation of circulation\'s and communication\'s nets. This agriculture is directly linked to the external market which there are its prices and prodution determined, leading the country to an uncomfortable position of subordination, in the same agrarian-exporting model. Then, why do the agents of this modern agriculture have got so much power to play politics?
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-20062007-142830 |
Date | 20 December 2006 |
Creators | Heloisa Santos Molina Lopes |
Contributors | Maria Adélia Aparecida de Souza, Maria Mónica Arroyo, Marcio Antonio Cataia |
Publisher | Universidade de São Paulo, Geografia (Geografia Humana), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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