A viabilização do uso da equação universal de perdas de solo no estado de Pernambuco requer a existência de valores do índice de erosividade melhor ajustados as condições locais. Visando estabelecer um índice de erosividade que melhor expresse a sua capacidade potencial de causar erosão é que foram estudadas correlações entre 19 características das chuvas e perdas de solo provocadas por chuvas erosivas. As características da chuva que foram testadas como índice de erosividade são as seguintes: (P)Precipitação total em mm, (ECT) energia cinética total em MJ/ha; (KE > 10 e KE > 25) energia cinética considerados apenas segmentos de chuva de intensidades constantes iguais ou superiores a 10 e 25 mm/h em MJ/ha; (In) intensidades máximas em 5, 10, 15, 30 e 60 minutos em mm/h, (EIn) produto da energia cinética total pelas intensidades máximas em 5,10, 15, 30 e 60 minutos em MJ.mm/ha.h, (PIn) Produto da precipitação total pelas intensidades máximas em 5, 10, 15,30 e 60 min em mm2/h. As correlações obtidas entre características físicas de chuvas erosivas e perdas de solo, indicam que a característica da chuva PI60 é a que melhor se correlaciona com as perdas de solo (r = 0,6289: o maior valor obtido em termos absolutos). Entretanto a aplicação do teste de homogeneidade, indicou não haver diferença estatística entre as características PI60 (r = 0,6289) e energia cinética total (r = 0,4095), por conseguinte não existindo diferença entre as características PI60 (r = 0,6289) e EI30 (r= 0,6161). A constatação deste fato indica que a diferença entre as características PI60 e EI30 é meramente devida ao acaso, e por conseguinte o parâmetro EI30 (r= 0,6161) pode ser indicado como índice de erosividade da mesma forma que o PI60 (r = 0,6289). O valor médio anual do índice de erosividade EI30 obtido para Caruaru-PE no período de 1970 a 1989 foi de 2086 MJ.mm/ha.h.ano, sendo que se pode esperar que ocorra um valor igual ou maior a esse a cada 2,4 anos ou seja a probabilidade desse valor ser igualado ou superado é de 41,6%. Os valores do índice de erosividade anual que podem ser esperados para os períodos de 2, 5, 20 e 100 são os seguintes: 1852, 2777, 4097 e 5703 MJ.mm/ha.h.ano respectivamente. O trimestre de fevereiro, março e abril é o de maior risco de erosão, visto que nele ocorre 65% do valor do índice de erosividade médio anual e 38% de precipitação média anual. Portanto medidas preventivas de controle da erosão devem ser tomadas principalmente neste período no sentido de evitar elevadas perdas de solo. O estudo de correlação entre os dados do índice de erosividade médio anual e os dados pluviométricos resultou na obtenção de um baixo valor para o coeficiente de correlação (r = 0,6121), o que indica que a equação de regressão é insatisfatória para estimar o índice de erosividade médio anual para locais com condições climáticas semelhantes as de Caruaru-PE, mas que sejam desprovidos de pluviógrafos. / not available
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-20181127-155207 |
Date | 03 February 1992 |
Creators | Albuquerque, Abel Washington de |
Contributors | Filho, Julio Vasques |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.002 seconds