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Ressignificação dos papéis sociais de mulheres na agricultura familiar de base agroecológica

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:22:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / Esta dissertação analisa as ressignificações havidas na posição e no papel social das mulheres inseridas no contexto da transição de um modelo de produção convencional para a agroecologia. A partir de uma fundamentação teórica que buscou correlacionar os conceitos de gênero e agroecologia, objetivou-se analisar até que ponto a participação das agricultoras familiares em atividades orientadas por princípios agroecológicos redefine as relações entre os gêneros, ressignificando os papéis sociais desempenhados pelas mulheres. Do ponto de vista metodológico, foi realizada uma pesquisa qualitativa com a aplicação de entrevistas semiestruturadas envolvendo 18 agricultoras familiares residentes em localidades da região do Meio Oeste de Santa Catarina. Destarte, praticamente todos os processos de transição para a agroecologia iniciados pelas agricultoras foram conflituosos e marcados por violências de gênero. A interligação de fatores que, no geral, causou à opção pela agroecologia, engloba questões de viabilização da permanência das famílias no rural e a obtenção de renda diferenciada a partir de uma atividade já desenvolvida por elas. No que diz respeito à autonomia profissional, técnica e de conhecimento construída pelas entrevistadas, foi verificado que espaços de formação agricultora-agricultora têm sido ocupados e que trocas de experiências têm sido realizadas por elas de forma contínua. Assim, a agroecologia tem sido construída como um processo coletivo de aprendizagem que conta, principalmente, com o apoio de outras famílias agroecologistas e de determinados agentes externos ligados à agricultura familiar de base agroecológica. No geral, foi verificada a saída da invisibilidade da esfera do trabalho produtivo para a posição de chefia do empreendimento agroecológico por parte das agricultoras familiares. Em parte, pelo maior reconhecimento da mulher pela sociedade, devido à produção de alimentos saudáveis, por serem livres de agrotóxicos. E, ainda, pelo aumento da circulação da mulher no espaço público, pelo acesso à renda e pelo deslocamento do homem como única figura representativa da família no âmbito público. Desta maneira, ficou evidenciado que oportunidades de questionamento das relações de gênero, por parte das mulheres podem ser criadas no contexto da transição para modelos de produção de base agroecológica. E ainda que tal contexto funciona como uma poderosa ferramenta para a construção de igualdade de oportunidades para as mulheres no meio rural.<br> / Abstract : This dissertation analyzes the ressignifications that have occurred in social status and role of women in the context of transition of a conventional production model to the agroecology. Starting from a theoretical foundation that sought to correlate the concepts of gender and agroecology, is aimed to of analyze till what point the participation of the women in family agriculture realizing activities guided by the agroecological principles redefine the relation between genders, resignificating the social roles played by this women. From a methodological point of view, it was realized semi-structured interviews with 18 female family agricultural workers from the mid-west of Santa Catarina. In this manner, almost every transition processes for agroecology initiated by women farmers were conflictual and marked by gender violence. The interconnection of factors that, in general, caused the option for agroecology, includes feasibility issues of families stay in rural and obtaining differentiated income from an activity already developed by them. In respect to professional autonomy, technical and knowledge built by the interviewes, it was verified that farmer-farmer training spaces have been occupied and experience exchanges have been made by them continuously. So agroecology has been built as a collective learning process that counts, especially with the support of other agroecologists families and certain external agents linked to family farming agroecological base. Overall, the output of the sphere of the invisibility of the productive work for the leading position of agroecological project by the family farmers has been verified. In part, the increased recognition of women by society due to the production of healthy foods, because they are free agrochemicals. And yet, the increase in women's circulation in public space, the access to income and the man displacement as the only representative figure of the family in the public sphere. In this manner, it was evident that opportunities questioning of gender relations, by women can be created in the context of transition to agroecological production models. And that this context serves as a powerful tool for building equal opportunities for women in the rural field.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/167807
Date January 2016
CreatorsAlves, Nicole Fossile
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Stropasolas, Valmir Luiz
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format136 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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