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Por que contratar idosos? um estudo de caso da empresa Biscoitos Festiva

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Previous issue date: 2005-05-12 / nenhum / Este trabalho aborda a mão-de-obra idosa como desafio para uma reorganização social que articule de forma mais propícia a valorização dos recursos humanos existentes e como fator macroeconômico e demográfico a ser considerado no planejamento estratégico das empresas. Consiste do estudo de caso da fábrica Biscoitos Festiva (SP) que emprega idosos experientes, ou os mantém trabalhando depois de aposentados. Também discute as relações que permeiam o tripé empresa/idoso/jovem e discute quem é velho para trabalhar. Optou-se pela metodologia quanti-qualitativa, utilizando-se a revisão bibliográfica e o trabalho de campo, no qual, para a coleta de dados elaborou-se um questionário, composto de perguntas abertas e fechadas, diferente para cada público-alvo: empresa/empresário, idosos e não-idosos. Do total de 344 funcionários, foram entrevistados 20, sendo 14 mulheres e 6 homens, mais o presidente, totalizando 21 entrevistas. Todas as entrevistas foram filmadas com o consentimento dos depoentes, para facilitar a transcrição das falas. A análise dos resultados permite apresentar algumas considerações: a) a Festiva contrata idosos experientes por iniciativa do seu presidente, e isso tem sido positivo para melhorar a produtividade do ambiente fabril e fazer frente à concorrência; b) o convívio entre jovens e idosos é harmonioso, propiciando troca de experiências; c) os idosos mais antigos de casa têm oportunidades de crescimento na empresa, mas não possuem o nível de escolaridade mínimo desejado (1o. grau), porque iniciaram a vida laboral muito cedo, o que resultou no abandono da escola; d) não se vislumbra mais a contratação de idosos com 60 anos ou mais de idade, porque os candidatos às vagas não possuem o nível de escolaridade exigido; e) o mercado de trabalho tem rejeitado pessoas em média com 40 anos de idade, mas para a maioria dos pesquisados não existe idade para interromper a vida do trabalho, desde que a pessoa tenha boa saúde física e mental, e sabem da dificuldade de encontrarem trabalho após os 35-40 anos; f) os idosos trabalham porque precisam levar o sustento para a família, mas têm planos para o futuro que incluem reformas na casa, negócio próprio, retorno à terra natal, vida no sítio, trabalhos voluntários; g) a juventude é considerada primeiramente como estado de espírito da pessoa, complementada pela aparência saudável. As entrevistas propiciaram uma escuta da subjetividade de cada um e suas implicações afetivas, uma oportunidade de olhar e ver o envelhecimento no ambiente de trabalho e o repensar a própria velhice. Os objetivos propostos foram atingidos ficando claro que os idosos não podem mais ficar em casa, esperando o tempo passar . Devem construir a sua própria velhice, considerando as limitações naturais impostas pelo tempo, onde possam exercer a sua criatividade, compartilhar as experiências acumuladas com indivíduos de outras gerações, contribuindo para a mudança de pensamento da sociedade sobre o significado do "ser velho" que nunca deixou de ser homem. Enfim, trabalhando, o idoso não tem tempo para envelhecer . Contratando um idoso, a empresa renova, oxigena a sua força de trabalho e propicia a troca de experiências, melhorando sua produtividade e perpetuando a sua memória organizacional.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/12536
Date12 May 2005
CreatorsUyehara, Ana Maya Goto
ContributorsCôrte, Beltrina
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia, PUC-SP, BR, Gerontologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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