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A elaboração conceitual sobre representações de partículas submicroscópicas em aulas de química da educação básica: aspectos pedagógicos e epistemológicos

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:53:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / A pesquisa fundamentada na abordagem histórico-cultural e na perspectiva epistemológica do realismo crítico buscou entender como ocorre a elaboração conceitual sobre representações de partículas submicroscópicas que permeiam atividades planejadas e desenvolvidas no contexto de aulas de Química do ensino médio, discutindo implicações pedagógicas e epistemológicas aos processos de ensino e de aprendizagem de conhecimentos escolares. O percurso metodológico envolveu: a explicitação das concepções pedagógicas e epistemológicas pelo professor/pesquisador; o planejamento e o desenvolvimento de um módulo de ensino sobre a temática "Poluição do Ar: o Ar que respiramos" em duas turmas do ensino médio, de uma escola pública de Florianópolis, acompanhado de questionários; o planejamento e realização de entrevistas semiestruturadas com grupos de estudantes. Ao fundamentar-se na análise microgenética e na análise textual discursiva, emergiram três categorias associadas com a elaboração conceitual de imagens representativas de partículas submicroscópicas: a não transparência de imagens; os obstáculos e as potencialidades; a elaboração conceitual. As categorias foram discutidas à luz dos aportes teóricos de referência, destacando-se os resultados: a compreensão de que a explicitação prévia de concepções pedagógicas e epistemológicas não garante, por si só, uma prática docente realizada pelo professor/pesquisador que seja coerente com as mesmas, embora estas orientem as suas ações e reflexões sobre a prática desenvolvida, permitindo (re)ver, (re)planejar e analisar limites ou potencialidades sobre as interlocuções desenvolvidas em sala; a percepção de que a multiplicidade de sentidos oriundos de diferentes modos de ver, pensar e agir de estudantes e professor são constitutivos e influenciam os processos de elaboração conceitual; a não transparência (ou não unidirecionalidade) dos sentidos envolvidos no discurso ou na interpretação de imagens usadas em situações de ensino por estudantes ou professor; a capacidade dos estudantes estabelecerem explicações às novas situações, ainda que com dificuldades e/ou deturpações conceituais às explicações; a compreensão de que a verbalização do professor ou estudantes no uso do formalismo químico não reflete, obrigatoriamente, no seu aprendizado; a força reprodutiva e criativa das imagens na elaboração de explicações em diferentes situações e contextos; a recorrência ao realismo ingênuo sobre as representações de partículas submicroscópicas, mesmo havendo discussões, por exemplo, sobre modelo e representação e escalas; a necessidade de inserção enegociação de sentidos atribuídos aos conceitos, textos ou imagens à elaboração conceitual coerente com a Ciência; e a existência de limites sobre afirmações referentes à elaboração conceitual por parte dos estudantes, afinal, não se tem acesso à totalidade das relações, nexos conceituais ou ações estabelecidas pelos sujeitos, embora se tenha acesso a falas, escritos, desenhos, gestos, ações e expressões faciais que possibilitam dizer algo sobre os seus indícios de elaboração. Esses resultados implicam, por exemplo, na importância de reflexões sobre a prática do professor, como a compreensão sobre a (trans)formação permanente dos sujeitos (do professor e dos estudantes) e, portanto, que as práticas educativas carecem de problematizações sobre as diferentes formas da linguagem química, por consequência dos limites, dos obstáculos e das potencialidades conceituais sobre representações de partículas submicroscópicas.<br> / Abstract : This research is based on historic-cultural approach and on the epistemological perspective of critical realism which aimed to understand how the conceptual elaboration is done when it concerns to the submicroscopic particles that underlie planned and developed activities in the context of High School Chemistry classes, discussing pedagogical and epistemological implications to the school processes of teaching and learning. The methodological path followed: the exploitation of pedagogical and epistemological conceptions by the teacher/researcher; planning and developing a teaching unit about the theme "Air Polution: the air we breathe" in two High School classes, from a public school in Florianópolis, accompanied by questionnaires; and the planning and implementing of semi-structured interviews with student groups. By funding itself on the microgenetic analysis and on the discursive textual analysis, three categories emerged associated with the conceptual elaboration of representative images of submicroscopic particles: the images not transparent; the obstacles and the potentialities; and the conceptual elaboration. The categories were discussed under the light of the theoretic references, highlighting the following results: the comprehension that the previous epistemological and pedagogical exploitation does not guarantee, by itself, a coherent teaching practice conducted by the teacher/researcher, albeit those ones guide the actions and reflections about the developed practice, allowing to (re)view, to (re)plan and to analyze limits or potentialities about the interlocutions applied in classes; the perception that the multiplicity of meanings arising from different kinds of viewing, thinking and acting of students and teacher are constitutive and influence the processes of conceptual elaboration; the non transparency (or non unidirectionality) of meanings involved in the discourse or in the interpretation of images used in teaching situations either by students or professor; the students ability to establish explications to new situations, even with difficulties and/or conceptual deviations to the explanations; the comprehension that the teacher?s or students? verbalization by using chemical formalism does not infer, mandatorily, in its learning; the reproductive and creative strength of the images in the elaboration of explications in different situations and contexts; the appeal to the naïve realism about the representation of submicroscopic particles, even with discussion, eg. about models and representations and scales; the need of negotiation and insertion of meanings attributed to concepts, texts or images to theconceptual elaboration coherent with Science; and the existence of limits about statements concerning to conceptual elaboration by the students, after all, there is no access to the totality of either relations, conceptual nexuses or actions established by subjects, although there is access to the speaks, writings, draws, gestures, actions and facial expressions that allow to say something about their evidences of elaboration. These results imply, for example, in the importance of reflections about the teacher's practice, as the comprehension about the constant (trans)formation of the subjects (teacher and students) and, therefore, that the educative practices need problematizations of the different kinds of chemical language and thus, limits, obstacles and potentialities conceptual about representation of submicroscopic particles.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/123168
Date January 2014
CreatorsSangiogo, Fábio André
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Marques, Carlos Alberto
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format291 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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