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Políticas da qualidade da educação superior no Brasil, na Argentina e no Chile – 2000-2012.

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Previous issue date: 2017-02-09 / A presente tese tem como objetivo mostrar os avanços no tocante à qualidade da educação superior na Argentina, no Brasil e no Chile, entre os anos 2000 e 2012. O referido período foi selecionado porque marca o fim da década de uma visão fortemente economicista da educação superior, representada pelos presidentes Carlos Menem, na Argentina, Fernando Henrique Cardoso, no Brasil, e o fim do período da ditadura de Pinochet e seu processo de transição para a democracia, no Chile, com as peculiaridades que o modelo neoliberal adotou em cada um dos países. Da mesma forma, o ano 2000 marca o início e a implementação de outro modelo de qualidade da educação superior representado pelas políticas progressistas dos presidentes Néstor e Cristina Kirchner, da Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do Brasil, e Patricio Aylwin, Ricardo Lagos e Michelle Bachelet, do Chile, seja como países estudados separadamente ou como países-membros do bloco Mercosul.
O estudo se apoia na visão teórica de Estado de Pierre Bourdieu e de Ernesto Laclau, fundamentalmente, enquanto pensadores de ruptura com os blocos hegemônicos e, ao mesmo tempo, influentes sociólogos na incorporação de categorias de capital social e capital cultural – termo resgatado por Antonio Gramsci – e do aporte deles a novas análises sociais e políticas dos governos progressistas, dos referidos países e períodos.
O conceito de qualidade na educação superior é polissêmico. Daí a ênfase no enfoque teórico para distinguir qualidade da educação superior de outros conceitos, tais como acreditação e rankings internacionais, também aqui analisados. Como se abalizará, os governos adotam determinadas políticas de qualidade em educação superior, baseadas em uma visão economicista da sociedade e outras baseadas em uma visão de qualidade, entendendo a educação superior como um bem social. Ambas as visões são analisadas por meio das diretrizes e orientações de qualidade em educação superior do Banco Mundial (BM), Organização para o Desenvolvimento e a Cooperação Econômica (OCDE), Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (UNESCO) e Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
Foram analisados os avanços de qualidade na educação superior por meio de indicadores de gestão, infraestrutura e trajetória do gasto em educação superior. Os resultados explicam a hipótese de que, ao definir políticas claras de qualidade, por meio de instituições democráticas, consegue-se avançar significativamente nos indicadores de qualidade na educação superior como bem social inclusivo, por meio dos resultados mostrados em cada um dos países em estudo. / The purpose of this study is to show advances in higher education in Argentina, Brazil and Chile from the years 2000 to 2012. Such a period of time was chosen for this research because it marks the end of a decade of strong economicist vision of higher education in those countries, represented by president Carlos Menem in Argentina, president Fernando Henrique Cardoso in Brazil, the end of Pinochet’s dictatorship in Chile, the country’s transition to democracy, and the peculiarities of the neoliberal model adopted by each country. Likewise, the year 2000 marks the beginning and implementation of another model of higher education quality represented by progressive policies of presidents Néstor and Cristina Kirchner in Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva and Dilma Rousseff in Brazil, and Patricio Awlyn, Ricardo Lagos and Michelle Bachelet in Chile. The aforementioned countries were studied not only separately but also as members of Mercosul (Southern Common Market).
This study is based on Pierre Bourdieu and Ernesto Laclau’s theoretical vision of state, fundamentally, as thinkers of rupture with hegemonic blocs and as influential sociologists in the incorporation of categories of social capital, cultural capital - as conceived by Antonio Gramsci, and their contribution to new social and political analysis of the progressive governments of the analyzed countries and period of time.
The concept of quality in higher education is polysemous, thus an emphasis on the theoretical approach to distinguish quality in higher education from other concepts such as accreditation and international ranking, which were also analyzed in this research. Results indicated that the governments adopt certain quality policies in higher education based on an economicist vision of society, as well as policies that are based on a vision of quality, which understands higher education as a social asset. Both visions are analyzed by means of quality guidelines and orientations of World Bank (WB), Organization for Economic Co-operation and Development (OECD), United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO), and MERCOSUL (South Common Market).
Advances of quality in higher education were analyzed by means of indicators of management, infrastructure and expenditure path in higher education. Results explain the hypothesis that defining clear higher education quality policies by means of democratic institutions leads to significant advancements in indicators of higher education quality as a social inclusive asset in the studied countries.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/20016
Date09 February 2017
CreatorsFUENTES, Jean Henri de Mulder
ContributorsLIMA, Marcos Costa
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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