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Os saberes dos povos campesinos tratados nas práticas curriculares de escolas localizadas no território rural de Caruaru-PE

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Previous issue date: 2013 / CAPES / A pesquisa trata como historicamente os saberes dos povos campesinos foram silenciados nos currículos escolares e de como os povos campesinos foram resistindo e assumindo o lócus de enunciação de sujeitos de direito, reivindicando a sua condição epistêmica na sociedade, lutando por uma educação escolar específica e diferenciada. Partimos do meu lócus de enunciação como moradora, estudante e professora em escolas do território rural, tomando como problema de pesquisa: quais os sentidos dos saberes dos povos campesinos tratados nas Práticas Curriculares das escolas localizadas no território rural do Município de Caruaru-PE? O trato desses saberes compreende que saberes dos povos campesinos são identificados nas Práticas Curriculares, que fontes são utilizadas para tratar desses saberes, que atividades são utilizadas para tratar dos saberes, qual o lugar/tempo ocupado por esses saberes e a que Paradigmas ( Paradigma da Educação Rural Hegemônica, Paradigma da Educação Rural Contra-Hegemônica e Paradigma da Educação do Campo) estas práticas aproximam-se. Para compreendermos quais os sentidos dos saberes dos povos campesinos tratados nas Práticas Curriculares, adotamos como lente interpretativa a Abordagem Teórica Pós-Colonial Latino-Americana (CASTRO-GÓMEZ, 2005; GROSFOGUEL, 2010; QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2005, 2008), que explica a realidade social a partir das relações de poder estruturadas na Racialização e Racionalização da sociedade, questionando os processos culturais e ideológicos que favorecem a subalternização e inferiorização de diferentes epistemes. Desenvolvemos a pesquisa em quatro escolas localizadas no território rural de Caruaru-Pernambuco, onde participaram como sujeitos/colaboradores da pesquisa oito professoras que lecionam da Educação Infantil ao 5° ano do Ensino Fundamental. Para a análise dos dados, utilizamos a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) via Análise Temática (VALA, 1999), que nos permitiu compreender o contexto de produção dos dados a partir do lócus de enunciação dos povos campesinos. As análises dos dados evidenciaram que os saberes dos povos campesinos ocupam o lugar de silenciamento nas Práticas Curriculares, reforçando o Paradigma da Educação Rural Hegemônica. Os saberes campesinos tratados pelas professoras ganham a proporção de exemplos dos conteúdos de aprendizagem validados pelo Sistema de Ensino; no mais, quando são tomados como epistemes outras estes não são validados como sendo, também, conteúdos de aprendizagem do currículo escolar. Com isso, o lugar/tempo para tratá-los são atividades que revalidam a disciplinarização fragmentada dos saberes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/13060
Date31 January 2013
CreatorsLemos, Girleide Tôrres
ContributorsSilva, Janssen Felipe da
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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