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A formação de educadores e a travessia de cercas invisíveis de acesso/produção de conhecimentos : experiências do MST nas inter-relações com universidades brasileiras /

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Previous issue date: 2014-12 / Este estudo sistematiza e aborda a temática da formação de educadores desenvolvida nas inter-relações entre universidades brasileiras e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, especificamente nos cursos de graduação em História na Universidade Federal da Paraíba e de Engenharia Agronômica na Universidade Federal de Sergipe, no período de 2004 a 2008. Tal processo desenvolve-se em um contexto difícil e complexo da luta pela reforma agrária no Brasil, principalmente pelas transformações ocorridas nos últimos anos oriundas da ampliação das lógicas de produção do agronegócio. Esta condição leva o MST a discutir e propor uma nova concepção de reforma agrária que a designa de popular em substituição à proposta de reforma agrária clássica. Por outro lado, apresenta uma visão das universidades brasileiras e dos projetos que são construídos e implementados nos últimos anos, inclusive, observando coincidências com as políticas econômicas gerais para a sociedade. Apresenta uma concepção de formação que vem sendo construída no interior das práticas do MST que também procura as universidades para firmar convênios e desenvolver processos de escolarização/formação de seus militantes educadores. Dentre as dimensões desse processo educativo/formativo, destacam-se: vínculo permanente com os processos orgânicos; a formação como um processo ético, estético, místico que trata das atitudes/comportamentos e como um processo dialógico, crítico e articulado que contempla saberes, experiências, em uma interação que busca superar as monoculturas. Captura por intermédio da pesquisa de campo: estranhamentos, entraves, sentidos da ocupação pedagógica e coletiva, alternativas, legados que permanecem tanto no MST como na universidade e apresenta o resultado do envolvimento e atuação dos egressos de ambos os cursos na atualidade. Aponta também para desafios, possibilidades outras de enfrentar a difícil mas necessária tarefa de formar educadores, militantes capazes de coletivamente levar adiante a luta por um mundo mais justo, solidário e democrático, em que a terra e o conhecimento, juntamente com os demais bens econômicos e culturais sejam profundamente democratizados. Pretende ser uma contribuição para o debate acerca da relevância dessas inter-relações entre universidade e movimentos sociais, em que essas experiências demarcam novas possibilidades de abertura e avanços democráticos e menos elitista da universidade e novos patamares de escolarização/formação para integrantes do Movimento dos Sem Terra. / This study systematizes and addresses the theme of political training of educators developed in the inter-relations between Brazilian universities and Landless Rural Workers” Movement, specifically in the graduating course in History at the Federal University of Paraiba and Agriculture Engineering at the Federal University of Sergipe, from 2004 to 2008. This process is developed in a difficult and complex context of the struggle for Agrarian Reform in Brazil, mainly by the changes that took place in the last years derived from the logic of agribusiness production. This condition takes the MST to debate and propose a new conception of Agrarian Reform. That is designated as People”s Agrarian Reform, replacing the Classic Agrarian Reform Proposal. On the other side, it presents a vision of the Brazilian universities and of the projects built and implemented in the last years, also observing the coincidences with the general economic policy for the society. It presents a conception of political training that has been built within the MST practices, that also looks for the universities to sign conventions and to develop schooling and political training processes for their educator activists. Among the dimensions of this educational and political process, stand out: permanent bond of the organic processes, political training as a ethical, aesthetic, mystical process that deals with attitudes and behaviours; as a dialogic, critical and articulated process that contemplates knowledges, experiences, in an interaction that seeks to overcome the monocultures. Capture through field research: estrangements, barriers, senses of the pedagogical and collective occupation, alternatives, legacies that remain not only in the MST but also at the universities, and that presents the result of the involvement and acting of the graduates from both courses nowadays. It also points to the challenges, other possibilities to confront the difficult but necessary task of training politically the educators, activists capable of carrying forward collectively the struggle for a fairer, more solidary and democratic world, in which the land and the knowledge together with the other economic and cultural goods be deeply democratized. It intends to be a contribution to the debate about the relevance of these inter-relations between the universities and social movements, in which these experiences demarcates new possibilities of access and democratic and less elitist progresses of the university and new baselines of schooling and political training for the members of the Landless Movement.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/1373
Date15 November 2014
CreatorsPizetta, Adelar João
ContributorsCarvalho, Janete Magalhães
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
RightsAn error occurred getting the license - uri., info:eu-repo/semantics/openAccess

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