[pt] O objetivo desta tese é apresentar a singularidade da teoria política de Jacques Rancière, discutindo a razão do dissenso como caminho para uma emancipação possível e sempre inacabada. A tese defende que a crítica elaborada por Rancière contra o que, na sua avaliação, é um antiplatonismo platônico de Bourdieu pode ser aproveitada para pensar contextos sociológicos inteiramente distintos. A questão a ser discutida é o núcleo de afinidade entre filosofia e sociologia, qual seja, entre a pretensão filosófica ao governo e a necessidade sociológica de escapar à tutela da economia. Como condição do triunfo de seu estatuto de ciência autônoma, a sociologia avança sobre o território, inaugurado por Platão, onde se formulam sínteses comunitárias através dos mitos (mythos) que embaralham narrativa e discurso. Assim, fazemos referência a algumas objeções suscitadas por Charlotte Nordmann e Alberto Toscano para desenvolver um trabalho de defesa das posições de Rancière. Contudo, a crítica à sociologia foi explorada em uma série de autores e subtemas nos quais Bourdieu não é endereçado, exceto anedoticamente. Os autores tratados são: Alfred Cobban, a partir de seu livro Interpretação social da revolução francesa, analisado por Rancière em Os nomes da História; Hannah Arendt, a partir das divergências entre sua leitura sobre o social e a de Rancière; Boltanski e Chiapello, a partir de O novo espírito do capitalismo, cuja referência a uma proximidade com Rancière, sob a rejeição deste último, é analisada. / [en] The purpose of this thesis is to present the uniqueness of Jacques Racière s political theory, discussing the reason of dissent as the path to a possible and always unfinished emancipation. The thesis defends that Rancière s criticism of what is, on his evaluation, a platonic antiplatonism of Bourdieu, can be harnessed to think entirely different sociological contexts. The question to be addressed is the core of affinity between philosophy and sociology, which is, between the philosophical aspiration to government and the sociological need to escape economy s guardianship. As a condition for the triumph of its scientific status, sociology advances on the territory inaugurated by Plato where community synthesis are formulated through myths (mythos) that shuffles the relation between narrative and discourse. Thus, we make reference to some objections raised by Charlotte Nordmann and Alberto Toscano to develop a defense of Rancière s positions. However, criticism of sociology has been explored in a number of authors and sub-themes in which Bourdieu is not addressed but anecdotally. The authors are: Alfred Cobban, from his book Social Interpretation of the French Revolution, discussed by Rancière in The Names of History; Hannah Arendt, from divergences between her readings on the social and the readings on sociology from Rancière; Boltanski and Chiapello, from their book: The new spirit of capitalism, whose reference to a proximity with Rancière is addressed, under the latter s rejection.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:34594 |
Date | 30 July 2018 |
Creators | DANIEL CARDOSO DE OLIVEIRA |
Contributors | LUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDA, LUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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