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Previous issue date: 2010-12-17 / Os temas científicos despertam grande interesse na sociedade. O termo clonagem, por exemplo, passou da realidade médico-científica para a realidade das conversas sociais, das novelas e películas de ficção para o vocabulário habitual do cidadão comum. Saber como os atores sociais se apropriam e (re)constroem os conhecimentos científicos em seus relacionamentos cotidianos é de interesse para a teoria das representações sociais. Entretanto, grande parte dos estudos sobre representações sociais enfocam processos representacionais construídos e pouco se tem estudado a respeito do seu processo de emergência. Foi esse o contexto que motivou a realização deste trabalho, que teve como objetivo compreender o processo de formação e desenvolvimento das
representações sociais da clonagem humana na sociedade brasileira. Para atender este objetivo a pesquisa foi delineada para permitir entender o movimento do conhecimento, desde sua constituição no universo reificado até sua concretização no universo consensual. Foram utilizadas três fontes de dados para a análise: a primeira formada por livros utilizados na formação de profissionais de ciências biológicas e da vida; a segunda constituída por matérias publicadas na Folha de São Paulo e revista Veja, em suas versões impressas e on-line durante o período de 1997 a 2007; e a terceira constituída pelas cartas enviadas pelos leitores aos jornais e revistas pesquisados, durante o mesmo período. Os descritores utilizados para a busca foram: clone, clonagem, clonagem humana, clonagem terapêutica, engenharia genética e terapia celular com célula-tronco. Ao todo foram encontradas 952 matérias e 40 cartas enviadas pelos leitores. Cada banco de dados foi analisado pelo software Alceste separadamente. Os resultados mostram uma representação social da clonagem humana
objetivada em diferentes figuras: um bebê clonado; a vontade do homem de ser Deus; a fabricação de tecidos; pessoas doentes. Esta representação parece estar ancorada em idéias de cunho religioso, experiências eugenistas e na cura através da ciência. Foi interessante notar como um conhecimento técnico/científico de algo que ainda não
existe (clonagem humana) ou que ainda está em fase inicial de estudo (clonagem terapêutica) foi sendo apropriado pelo senso comum até se tornar algo plausível, palpável, recriminado, esperado e/ou festejado por outros. Estes achados apontam para uma representação estruturada entre os leitores, apresentando elementos de coesão e
compartilhamento de idéias. Abre-se aqui um caminho para futuras investigações sobre a apropriação de conhecimento e advindos da biotecnologia e de estudos que levem em consideração o universo reificado como objeto de pesquisa e focalizem a emergência de novas representações.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/3131 |
Date | 17 December 2010 |
Creators | ESPINDULA, D. H. P. |
Contributors | Menandro, M.C.S., Maria Margarida Pereira Rodrigues, SANTOS, M. F. S., TRINDADE, Z. A. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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