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Os libri carolini: um estudo das relações entre Bizâncio, Roma e reino Franco a partir dos debates de imagens / The Libri Carolini: a study of the relations between Byzantine, Rome and Frankish Kingdom from debates on images

A querela iconoclasta bizantina do século VIII já foi considerada a maior crise deste período e teve por consequência a legitimação dos ícones enquanto parte da tradição da Igreja. O fenômeno não esteve, no entanto, restrito ao mundo Oriental, tendo desencadeado reações tanto do papado, que se opôs ao iconoclasmo imperial desde seu início, quanto dos carolíngios, que se afirmavam enquanto um novo elemento entre os poderes cristãos. A reunião do concílio de Nicéia II, em 787, quando o culto aos ícones foi definido pela primeira vez como parte da tradição da Igreja, não foi bem recebida pela corte franca, que discordou tanto dos procedimentos quanto das decisões da assembléia, o que deu origem a um tratado, conhecido por libri carolini. Esta obra é sem dúvida um dos mais importantes trabalhos de teologia do governo de Carlos Magno, mas além disso, ele é uma tomada de posição do rei o tratado foi escrito em nome de Carlos Magno que não apenas reivindica a participação na resolução dos assuntos da fé, como se apresenta superior aos gregos, acusados no tratado de arrogância e entendidos como inaptos a interpretar de maneira correta as Escrituras, bem como os testemunhos dos Pais. Os LC são portanto não apenas uma demonstração da teologia de imagens carolíngia, mas um registro do posicionamento do futuro imperador do Ocidente. / The Byzantine Iconoclastic struggle of the eight century has been considered the greatest crisis of this period and had as a consequence the legitimation of icons as part of the churchs traditions. The phenomenon was not restricted to the Oriental world, and unleashed reactions from the papacy, who was opposed to the imperial Iconoclasm from its beginning, as much as from the carolingians, a new element between the Christian powers. The reunion of the second council of Nicaea, in 787, where the cult of icons was established for the first as a Tradition of the church, was not well received by the Frankish court, which disagreed with the procedures and the decisions of the assembly. The Carolingian opposition to the reunion originated a treatise known as libri carolini. This work is with no doubt one of the most important theological writings composed under Charlemagne\'s rule, but also a stand taking of the king who not only revindicates the participation on church matters as presents himself as superior to the Greeks, who are pictured as arrogant and bad interpreters of the Gospels and the Fathers. The LC are, therefore, not only a testimony of the Carolingian theology of images, but a register of the position of the future emperor of the Occident.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-07062017-092832
Date09 June 2015
CreatorsGhor, Lucy Cavallini Bajjani
ContributorsTacconi, Ana Paula Tavares Magalhães
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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