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Hiperesplenismo na esquistossomose mansônica: o baço e as células sanguíneas antes e depois de esplenectomia

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Previous issue date: 2002 / Foram estudados 78 pacientes com a forma hepatoesplênica da
esquistossomose mansônica, submetidos à esplenectomia e ligadura da veia
gástrica esquerda para tratamento da hipertensão porta, após episódios de
hemorragia digestiva alta. Avaliou-se o tamanho e o peso dos baços para
determinar suas correlações com as contagens celulares e a variação entre os
valores do hemograma pré e pós-esplenectomia, e comparando-os com os valores
do hemograma normal. Foram eliminados todos os casos de doença hepática mista,
bem como outras condições que pudessem influenciar os resultados, principalmente
hemorragias ou hemotransfusões muito próximas. O objetivo foi determinar o
quadro hematológico no hiperesplenismo, analisando hemogramas realizados
durante períodos estáveis. Por esta razão o hemograma pós-operatório foi
deliberadamente tardio, para contornar alterações condicionadas pelo processo
anestésico/cirúrgico ou de hemotransfusões. O tamanho do baço se correlacionou
significativamente com o peso. Houve também correlação significativa do peso com
a leucopenia e com a plaquetopenia, embora o tamanho só mostrasse correlação
com a leucopenia. As medidas do baço mostraram tendência à redução, na medida
em que a idade avançou, porém, só em relação ao peso a queda mostrou
significância. As citopenias (qualquer) ocorreram em 100% dos pacientes. Ocorreu
anemia em 88%, leucopenia 96% e plaquetopenia em 87%, não se verificando
seletividade. A anemia não mostrou incidência diferente entre os sexos e revelou
características carenciais. A leucopenia foi predominantemente linfocitopênica,
embora comprometesse todos os tipos de leucócitos, com exceção dos eosinófilos.
As plaquetas estavam reduzidas na maior parte dos casos, mas só
atingiram cifras preocupantes em uma pequena proporção. Após a esplenectomia,ocorreu a normalização das citopenias, que atingiu 91% no caso dos leucócitos, e
93% no das plaquetas. Leucocitose e plaquetose ocorreram em poucos pacientes, e
os remanescentes citopênicos foram raros. Quanto à anemia, embora houvesse
normalização em 74% dos casos, os estados carenciais associados dificultaram esta
avaliação. Todos os parâmetros do hemograma mostraram aumento significativo,
dos valores médios, entre as medidas pré e pós-esplenectomia. O estudo da
freqüência das citopenias mostrou que é improvável que ocorram isoladamente (1,3
a 4,0%), todavia que são muito mais freqüentes (70 a 83%) em qualquer
combinação duas a duas, e que a pancitopenia ocorreu em 2/3 (67%) dos
pacientes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7007
Date January 2002
CreatorsDália Maia, Murilo
ContributorsPessoa de Almeida Lopes, Edmundo
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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