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Previous issue date: 2009-03-27 / Esta pesquisa se propôs descrever quais são as ações tidas como de Promoção à
Saúde que se desenvolvem nas Unidades de Saúde circunscritas à macrorregião de
Maruípe, no município de Vitória-ES, verificar as concepções que as embasam e as
dificuldades para sua realização. Além disso, desenvolve análise das atividades que
são realizadas em nome da Promoção à Saúde, especificamente em uma US dessa
macrorregião. Examina particularmente as relações que se estabelecem entre
usuários e os profissionais responsáveis por estas ações. Avalia em que momentos
as práticas de Promoção à Saúde alcançam uma potencialização da autonomia dos
sujeitos e aponta aqueles que contribuem para a subjugação aos saberes
especialistas, negando a palavra ao outro, desconsiderando seu saber, ou
desqualificando os modos de vida exercidos pelos usuários. As concepções de
Promoção à Saúde são várias, e incluem tanto atividades dirigidas à transformação
dos comportamentos dos indivíduos, focalizadas na mudança dos estilos de vida,
quanto àquelas que abrangem atividades voltadas para o coletivo e o ambiente
físico, social, político, econômico e cultural, daí a relevância de considerar, no
cotidiano dos serviços, como acontecem tais atividades. Para cumprir os objetivos,
foram realizadas cinco entrevistas individuais com roteiro semi-estruturado com os
profissionais de saúde e duas entrevistas coletivas com os usuários participantes
das ações. O trabalho de campo consistiu no acompanhamento do cotidiano do
serviço durante os meses de julho a outubro de 2008, resultando em
aproximadamente 130 horas de observação de atividades específicas. São
analisadas seis modalidades diferentes de ação tidas como de Promoção à Saúde:
Atividade Física, Grupo Futuro do amanhã: corpo em movimento, Fitoterapia,
Bolsa Família, Ação Anti-Tabagismo e o HIPERDIA. Constata que existe uma
indistinção entre aquilo que se considera ação de Prevenção de Doenças e aquelas
que se configuram como sendo de Promoção à Saúde. Avalia que as possibilidades
de construção de espaços coletivos de troca que contribuam para a edificação de
outros modos de estar no mundo e para o fortalecimento das lutas por melhores
condições de vida e saúde estão virtualmente presentes. Há grande esforço por
parte dos profissionais para a realização das ações coletivas de Promoção à Saúde,
porém as dificuldades e os entraves são inúmeros, o que faz com que tais ações
estejam por vezes esvaziadas de usuários e outras carentes de sentido, tanto para
quem faz quanto para quem participa. Ressalta que há grande verticalização na
eleição das ações que são realizadas pela US, visto que é o poder de indução do
MS e da SEMUS que elegem as prioridades, o que faz com que as ações sejam
realizadas sem planejamento ou avaliação por parte dos profissionais envolvidos. As
relações que se estabelecem entre os usuários e profissionais são
predominantemente verticalizadas, com pouco espaço para falas proporcionado por
estes últimos ou estímulo às trocas entre eles. Prima-se por orientações e
prescrições de condutas tidas como saudáveis e pela insistência na necessidade de
mudança nos estilos de vida, mesmo que os usuários resistam, seja faltando aos
encontros ou afirmando que, ao final, fazem tudo do jeito deles.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/5418 |
Date | 27 March 2009 |
Creators | IGLESIAS, A. |
Contributors | SODRE, F., BORGES, L. H., ARAUJO, M. D. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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