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Tolerância ao déficit hídrico após ciclos recorrentes de seca em Moringa oleifera

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Previous issue date: 2012 / CNPQ / Moringa oleifera é uma arbórea, tolerante à seca e a solos pobres, no semiárido
nordestino, compreendendo uma alternativa para os sertanejos que vivem a nível de
subsistência. É principalmente utilizada na limpeza de água por apresentarem propriedades
coagulantes e floculantes. As sementes apresentam destacado valor comercial contendo alto
teor de óleo com qualidades ímpares para produção de biocombustível. Estudos recentes
indicam que quando a planta sofre uma exposição prévia a um estresse, ela tem a capacidade
de responder mais rápido e com mais vigor a um evento de estresse recorrente, esse fenômeno
é conhecido como endurecimento (hardening). Isso implica que as plantas tem a capacidade
de memória (stress imprint). O objetivo do trabalho foi avaliar se plantas jovens de Moringa
oleifera são capazes de carregar na memória estresses hídricos recorrentes ocorridos desde a
germinação das sementes até o porte de plantas jovens e com isso apresentar maior tolerância
à seca. As sementes foram germinadas em baixos potenciais osmóticos 0,0; - 0,1; - 0,2; - 0,3;
- 0,4 e - 0,5 MPa. Foram utilizadas plantas jovens com 50 dias após a emergência, originadas
da germinação de três potenciais osmóticos 0,0; - 0,3 e - 0,4 MPa. Para cada tratamento de
germinação houve dois regimes hídricos: as irrigadas (100% da capacidade de pote) e as
estressadas (10% da capacidade de pote), totalizando seis tratamentos. Foram realizados dois
ciclos de déficit hídrico intercalados por 10 dias de reidratação. Foram analisados os
parâmetros de germinação, trocas gasosas, bioquímica, enzimática e biometria. As sementes
de M. oleifera não germinaram em potenciais osmóticos menores que - 0,4 MPa. As plantas
jovens de M. oleifera foram tolerantes aos ciclos recorrentes de seca em decorrência do alto o
conteúdo hídrico relativo (CHR), da alta eficiência do uso de água (EUA), da manutenção no
conteúdo de clorofila, da síntese de novos aminoácidos, além do aumento da atividade de
enzimas antioxidantes e de carotenóides. Após o primeiro ciclo a taxa fotossintética foi
recuperada rapidamente, indicando a preservação do metabolismo mesofílico. As plantas
estressadas provenientes do tratamento - 0,3 e - 0,4 MPa apresentaram maior tolerância ao
déficit hídrico do que as plantas estressadas provenientes do tratamento 0,0 MPa. Sugerindo
que as sementes submetidas a um estresse prévio, no período germinativo, tem a capacidade
de adquirir memória à seca, possibilitando à M. oleifera uma maior tolerância a ciclos
recorrentes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11854
Date31 January 2012
CreatorsCOSTA, Rebeca Rivas
ContributorsSANTOS, Mauro Guida dos
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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