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Previous issue date: 2013-02-07 / This study consists of a response given by us, researchers, to the uneasiness felt in our clinical psychology practice. Dialogue with our clients could be so spontaneous, unplanned and opened. That fact mobilized us to think about another way to understand the language in a clinical psychology comprehension, based on existential phenomenology. Language is fundamental to clinical psychology practice, no matter the theoretical conception of this practice. Having some psychological approaches more than others, their epistemological support by the scientific model of the natural sciences, their conceptions of language, therefore, refer in some way, to the representative aspect, according to which language would be a means of expression and / or communication. This conception, however, was not sufficient to clarify the clinical dialogue happened on the clinic. Client speeches seemed to go far beyond a mere means to express or communicate. Also our speech to our clients, seemed to us more like a "bring to light", or a "help to show" that the mere
expression / communication. It was not clear to us, however, how could we understand language the way it happened in the clinical psychology practice, in existential phenomenological perspective, through dialogue. Among the studies that make a
connection between the existential phenomenological thought of Heidegger and the clinical psychology, we found that many based on the existential analytic from Being and Time, but we did not find a study that explores the comprehension of language in Heidegger thought. At the time our concern emerged, the study of the philosophical and poetic works of Gaston Bachelard offered us another possible understanding of language through his notion of poetic imagination. We have also begun to research the language in work Heidegger´s later works. In this author´s existential phenomenological thought,
however, language is understood from the conditions of existence, in its ontic-ontological articulation. In order to understand the language in a clinical psychology practice based on existential phenomenology, it was necessary to think about it in its articulation with other existential conditions of Heidegger's thought, which, like language, are also conditions for clinical psychology practice. This thesis aimed to take this issue forward. Gadamer´s philosophical hermeneutics helped us to recognize that "poetic language in clinical existential phenomenological" was a matter that has challenged us, clamored for answer. Hermeneutics guided the way we build our thesis. Consisting of four articles, the first one explain our presupposition of clinical psychology practice, based on existential phenomenological analytic of being-there from Being and Time. The second clarifies our understanding of poetic language. In it, we present the understanding of language to
Heidegger, throughout his work, and approach the notion of poetic imagination of Bachelard. In the third article, we underline our methodological approach. In it, besides
characterizing Gadamer's philosophical hermeneutics, we present our instrument, field diaries - founded by the narrative conception of Walter Benjamin. They consist of narratives about how we were affected by our psychotherapy sessions. Through the diaries, we brought our clinical experience (where our question emerged from) to dialogue with our presuppositions about the clinical psychology based on existential phenomenology, and our presuppositions about poetic language. The comprehension of dialogue, which we
refer, is given by Gadamer. Dialogue between the field diaries and theoretical studies, resulted in the fourth article. This article showed a comprehension of clinical psychology
practice as an opportunity to let poetic speech flows. This kind of speech invites the client to get ownership of their experiences, and their conditions of existence, to a more
appropriate way of being. / Este estudo consiste em uma resposta dada por nós, pesquisadores, à inquietação sentida em nossa prática clínica psicológica. O modo como o diálogo se dava com nossos clientes, de modo espontâneo, não planejado e aberto, mobilizou-nos a pensar em outro modo de compreender a linguagem em uma ação clínica de orientação fenomenológica existencial. A linguagem ocupa um lugar fundamental na ação clínica psicológica, independentemente da abordagem teórica que oriente esta prática. Tendo, algumas abordagens psicológicas mais, outras menos, sua sustentação epistemológica no modelo científico das ciências naturais, suas concepções de linguagem, consequentemente, referem-se, de algum modo, ao aspecto representativo, segundo o qual a linguagem seria um meio de expressão e/ou comunicação. Tal concepção, no entanto, não nos era suficiente para esclarecermos o diálogo clínico, dado que, na clínica, a fala do cliente nos parecia ir muito além de um mero meio de ele se expressar ou comunicar. Também nossas falas para o cliente,
pareciam-nos mais como um trazer à luz , ou um ajudar a mostrar , do que mera expressão/comunicação. Ainda não nos estava claro, no entanto, como poderíamos compreender a linguagem a fim de nos apropriarmos do modo como ela acontecia na ação clínica na perspectiva fenomenológica existencial, através do diálogo. Entre os estudos que fazem uma aproximação entre o pensamento fenomenológico existencial de Heidegger e a clínica, encontramos inúmeros que partem da analítica existencial de Ser e tempo (1986/2008), mas não encontramos um estudo aprofundado sobre a questão da linguagem. À época do surgimento de nossa inquietação, o estudo da obra filosófico-poética de Gaston Bachelard nos acenou outra possível compreensão de linguagem, através de sua noção de imaginação poética. Passamos também a pesquisar a linguagem na obra de Heidegger. No pensamento fenomenológico existencial desse autor, no entanto, a linguagem é compreendida a partir das condições de existência, na sua articulação ôntico-ontológica. Mostrou-se, assim, como condição para compreender a linguagem numa ação clínica de orientação fenomenológica existencial, pensá-la em sua articulação com outras condições existenciais do pensamento heideggeriano, as quais, assim como a linguagem, também são condições para uma ação clínica. Esta tese teve como objetivo levar essa questão adiante. Sua construção levou em consideração a hermenêutica filosófica de Gadamer, a partir da qual, reconhecemos que a linguagem poética na clínica fenomenológica existencial era uma questão que, tendo nos interpelado, clamava por resposta. A hermenêutica guiou o modo como construímos nossa tese. Composta por quatro artigos, o primeiro explicita nosso pressuposto de ação clínica fenomenológica existencial a partir da analítica do ser-aí
de Ser e tempo. O segundo explicita nossa compreensão de linguagem poética. Nele apresentamos a compreensão de linguagem para Heidegger, ao longo de toda sua obra, e a
aproximamos da noção de imaginação poética de Bachelard. No terceiro artigo, explicitamos nosso percurso metodológico. Nele, além de caracterizarmos a hermenêutica filosófica de Gadamer, apresentamos nosso instrumento, os diários de bordo - fundamentados pela concepção de narrativa de Walter Benjamin. Eles consistem em narrativas sobre o modo como éramos afetados por nossos atendimentos clínicos
psicoterápicos. Através dos diários de bordo, trouxemos nossa experiência clínica (de onde nasceu nossa questão) para dialogar com nossos pressupostos sobre a clínica fenomenológica existencial, e nossos pressupostos sobre a linguagem poética. A compreensão de diálogo, à qual nos referimos, é dada por Gadamer. Do diálogo entre os diários e os estudos teóricos, nasceu o quarto artigo. Esse desvelou a compreensão da clínica, como uma possibilidade de dar passagem à fala poética que convoca o cliente para uma apropriação de suas experiências, e de suas condições de existência, para um modo mais próprio de ser.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.unicap.br:tede/846 |
Date | 07 February 2013 |
Creators | Prado, Rafael Auler de Almeida |
Contributors | Caldas, Marcus Túlio, Libório, Luiz Alencar, Barreto, Carmem Lúcia Brito Tavares, Colpo, Marcos Oreste, Sá, Roberto Novaes de |
Publisher | Universidade Católica de Pernambuco, Doutorado em Psicologia Clínica, UNICAP, BR, Psicologia Clínica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP, instname:Universidade Católica de Pernambuco, instacron:UNICAP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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