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Previous issue date: 2008 / The present work aims at offering an analysis and an interpretation of Thomas Hobbes’s political theory to the light of the science of the XVII century and the discoveries operated by the modern physics in its junction with the mathematics. The text initiates with the approach of the historical ground on which it is the philosophy of Hobbes, above all with Euclides and Galileu, and goes on the direction of the transposition of the physical movements of the bodies for the foundation of the civil state. A notion of philosophy that starts from a logical-propositional and material base is distinguished, then, to reach a political theory configured in the formal positivity of the law and the legal system of the State. From the appropriation of the modern scientific tradition, a new image of the man emerges that, although rational, is submitted to inertial movements to the most lay direction of the term. Such movements disclose the complex and conflituous condition that is submitted the human nature, for the potential war of all against all. As a solution for this question, Hobbes considers a political theory based on the agreement of the wills and on the mutual transference of the rights, transposing elements of the natural philosophy to the civil philosophy, above all in the adequacy of the law of the free fall of the bodies and the principles of the inertia to the movements of the human bodies in life in the society. In this configuration, man makes, from one side, the war on behalf of the survival and, on the other side, he creates the State as the result of its will in an intricate calculation that traces - much more than the war - the best ways through the preservation and the peace. What is estimated in the political theory of Hobbes is the analysis of the physicalism of the bodies and its external regulation for the absolute state. Such physicalism, however, at the same time that represents the base on which is supported the model of the Hobbes State, it identifies them to the limits of this political theory, that can not account the identified radical physicalism in the origin of the bodies. The appropriation of these elements allows us to affirm that the political model presented by Hobbes goes deep on the rights and the duties in a contract of justification of the sovereignty given by the will and the authorization, which the main mark is the defense. The State, apart its absolute face, presents as an universal artificial construct that groups the diversity, opening the ways of the political authorization and the moral obligation. / O presente trabalho objetiva oferecer uma análise e uma interpretação da teoria política de Thomas Hobbes à luz da ciência do século XVII e das descobertas operadas pela física moderna em sua junção com a matemática. O texto se inicia com a abordagem do solo histórico sobre o qual se situa a filosofia de Hobbes, sobretudo com Euclides e Galileu, e caminha na direção da transposição dos movimentos físicos dos corpos para a fundação do estado civil. Destaca-se uma noção de filosofia que parte de uma base lógico-proposicional e material para, então, chegar a uma teoria política configurada na positividade formal da lei e no ordenamento jurídico do Estado. Da apropriação da tradição científica moderna, emerge uma nova imagem do homem que, apesar de racional, está submetido a movimentos inerciais no sentido mais laico do termo. Tais movimentos revelam a complexa e conflitiva condição a que está submetida a natureza humana, pela potencial guerra de todos contra todos. Como solução para essa questão, Hobbes propõe uma teoria política pautada no acordo das vontades e na transferência mútua de direitos, transpondo elementos da filosofia natural para a filosofia civil, sobretudo na adequação da lei da queda livre dos corpos e do princípio da inércia aos movimentos dos corpos humanos na vida em sociedade. Nessa configuração, o homem faz, de um lado, a guerra em nome da sobrevivência e, de outro lado, cria o Estado como fruto de sua vontade num intrincado cálculo que traça - muito mais do que a guerra - os melhores caminhos rumo à preservação e à paz. O que está pressuposto na teoria política de Hobbes é a análise do fisicalismo dos corpos e sua regulamentação externa pelo estado absoluto. Tal fisicalismo, no entanto, ao mesmo tempo em que representa a base sobre a qual se sustenta o modelo de Estado hobbesiano, nos leva a identificar os limites dessa teoria política, que pode não dar conta do fisicalismo radical identificado na origem dos corpos. A apropriação desses elementos nos permite afirmar que o modelo político apresentado por Hobbes funda direitos e deveres num contrato de justificação da soberania dado pela vontade e autorização, cuja marca principal é a defesa. O Estado, não obstante à sua face absoluta, apresenta-se como um construto artificial universal que agrupa a diversidade, abrindo os caminhos da autorização política e da obrigação moral.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/3388 |
Date | January 2008 |
Creators | Souza, Maria Eliane Rosa de |
Contributors | Heck, José Nicolau |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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