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Previous issue date: 2017-06-30 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A Urochloa decumbens (sinonímia: Brachiaria decumbens) é uma gramínea que pode ser tóxica aos animais em pastejo, principalmente aos ovinos. A intoxicação é associada com a ingestão de um metabólito secundário das plantas, uma saponina esteroidal, a protodioscina. Uma vez metabolizadas no trato digestivo, as saponinas se associam com íons cálcio, formando sais insolúveis, que podem obstruir as vias biliares interferindo no metabolismo dos hepatócitos. Essas alterações hepáticas interferem na eliminação de um composto fotoativo derivado da clorofila, a filoeritrina, que acumula na corrente sanguínea e posteriormente nos tecidos da pele, e por meio da ação dos raios solares, gera intensa inflamação, caracterizando a fotossensibilização. Assim, o trabalho consistiu na avaliação da fotossensibilização em ovinos submetidos ao pastejo em Urochloa decumbens cv. Basilisk em sistema silvipastoril (capim-braquiária e eucalipto) ou em monocultivo do capim-braquiária (a pleno sol), durante 60 dias. Nossas hipóteses foram que a sombra proporcionada pelas árvores no sistema silvipastoril previne ou ameniza os sintomas clássicos de fotossensibilização em ovinos em pastejo e afeta a concentração da saponina protodioscina no capim-braquiária. Foram utilizados 20 ovinos mestiços (Dorper x Santa Inês) não adaptados ao pastejo de capim-braquiária, com idade média de quatro meses, distribuídos em um delineamento em blocos casualizados, com dois blocos e cinco animais por bloco, totalizando 10 repetições por tratamento. Foram avaliados a concentração de saponina protodioscina no capim-braquiária, o consumo de saponina, indicadores séricos bioquímicos, histopatologia hepática, bem como os sintomas clínicos apresentados pelos animais. A concentração média de saponina protodioscina encontrada no capim-braquiária foi de 1,37% e 0,98% na pastagem em monocultivo e em sistema silvipastoril respectivamente. Tanto os animais mantidos em sistema silvipastoril quanto os animais que permaneceram no monocultivo do capim-braquiária apresentaram sintomas clínicos, alterações no fígado, elevações das enzimas gama-glutamiltransferase (GGT) e da aspartato aminotransferase (AST) e aumento dos níveis séricos de bilirrubinas ao longo do período experimental. Embora o teor de saponina protodioscina na U. decumbens em sistema silvipastoril tenha sido menor do que no monocultivo, foi suficiente para causar fotossensibilização secundária nos animais. O sombreamento natural proporcionado pelo sistema silvipastoril não previne ou ameniza os sintomas de fotossensibilização em ovinos jovens não adaptados ao pastejo em Urochloa decumbens. / The Urochloa decumbens (synonym: Brachiaria decumbens) is a grass that can be toxic to grazing animals, especially to sheep. The intoxication is associated with the ingestion of a plant secondary metabolite, a steroidal saponin, protodioscin. Once metabolized in the digestive tract, the saponins associate with calcium ions, forming insoluble salts, which can obstruct the bile ducts interfering in the metabolism of hepatocytes. These hepatic alterations interfere in the elimination of a photoactive compound derived from chlorophyll, phylloerythrin, which accumulates in the bloodstream and subsequently in the skin tissues, and through the action of the sun's rays generates intense inflammation, characterizing photosensitization. Thus, the work consisted of the evaluation of photosensitization in sheep submitted to grazing in Urochloa decumbens cv. Basilisk in a silvopastoral system (signal grass and eucalyptus) or monoculture of the signal grass (full sun) for 60 days. We hypothesized that the shade provided by trees in the silvopastoral system prevents or alleviates the classic symptoms of photosensitization in grazing sheep and affects the concentration of the saponin protodioscin in signal grass. Twenty crossbred sheep (Dorper x Santa Ines) not adapted to grazing of signal grass were used, with a mean age of four months, distributed in a randomized block design, with two blocks and five animals per block, totaling 10 replicates per treatment. The concentration of protodioscin saponin in signal grass, protodioscin intake, serum biochemical indicators, liver histopathology, as well as the clinical symptoms presented by the animals were evaluated. The average concentration of protodioscin saponin found in signal grass was 1.37% and 0.98% full sun and silvopastoral systems, respectively. Both the animals kept in the silvopastoral system and the animals that remained in the monoculture of the signal grass presented clinical symptoms, alterations in the liver, elevations of the gamma-glutamyltransferase (GGT) and aspartate aminotransferase (AST) enzymes and increased serum bilirubin levels throughout the experimental period. Although the concentration of protodioscin saponin in U. decumbens in the silvopastoral system was lower than in full sun treatment, it was sufficient to cause secondary photosensitization in the animals. The natural shading provided by the silvopastoral system does not prevent or attenuates the symptoms of photosensitization in young sheep not adapted to grazing on Urochloa decumbens.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/21003 |
Date | 30 June 2017 |
Creators | Lelis, Daiana Lopes |
Contributors | Rennó, Luciana Navajas, Chizzotti, Mario Luiz, Chizzotti, Fernanda Helena Martins |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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