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Previous issue date: 2009-06-30 / A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença parasitária, de
evolução crônica, que acomete a pele e as mucosas do nariz, boca, faringe e
laringe e tem, como agentes etiológicos, protozoários do gênero Leishmania. A
moléstia está amplamente disseminada pelo mundo, sendo influenciada por
fatores geográficos e climáticos que determinam a distribuição dos diferentes
vetores, parasitas e hospedeiros. No Brasil, a doença ocorre em todos os
estados, com grandes variações nas taxas de incidências, tanto entre os
estados, como também entre os municípios que os representam. No estado do
Espírito Santo (ES), a LTA apresenta ampla distribuição geográfica, com focos
em quase todos os municípios da região centro-sul do estado, predominando na
faixa de 50 a 750m acima do nível do mar. Este estudo se propõe a estabelecer
associação entre fatores ambientais e a ocorrência de LTA no ES, utilizando
bancos de dados georreferenciados, operacionalizados por meio de técnicas de
geoprocessamento. Foram utilizados 1087 registros de pacientes com a doença,
diagnosticados no ambulatório de Leishmanioses do Hospital Universitário
Cassiano Antônio Moraes, no período de 1978 a 2006. As unidades espaciais de
análise foram representadas por 2.829 localidades, distribuídas nos 78
municípios do ES. A partir das bases cartográficas dessas localidades, construiuse
um mapa representativo de suas respectivas áreas. Sobre esse mapa, os
casos de LTA foram georreferenciados, segundo os centróides das áreas que os
contém, utilizando como ferramenta operacional o Sistema de Informação
Geográfica (SIG) ArcGIS versão 9.2. As variáveis ambientais temperatura, relevo
e suficiência de água foram utilizadas para determinar áreas propícias à
ocorrência da LTA. A conjunção dessas três variáveis forma o primeiro nível
hierárquico das Unidades Naturais do Espírito Santo (UNES) e está disponível
em um único mapa operacionalizado em SIG que foi obtido a partir do Sistema
Integrado de Bases Georreferenciadas do Estado do Espírito Santo. A
sobreposição dos mapas das localidades com o mapa das UNES, permitiu a
classificação de 21 tipos de localidades, segundo as interações dos fatores das
variáveis ambientais. Desses, 15 tipos foram selecionados para análise
estatística possibilitando a definição de áreas categorizadas em dois grupos,
quais sejam: sem risco e com risco para ocorrência de LTA. A escala de trabalho
e os instrumentos utilizados neste estudo mostraram-se úteis na definição das
áreas de risco para transmissão da LTA no ES, permitindo, inclusive, prever a
ocorrência da doença em áreas propícias, ainda sem registro de casos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/5428 |
Date | 30 June 2009 |
Creators | NASCIMENTO, G. S. S. |
Contributors | CERUTTI JUNIOR, C., WERNECK, G. L., FALQUETO, A. |
Publisher | Universidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UFES, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | text |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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