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Ética e política em Levinas: um estudo sobre alteridade, responsabilidade e justiça no contexto geopolítico contemporâneo

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Previous issue date: 2011 / Le travail étudie la relation entre l’éthique et la politique à partir de la catégorie de l’Alterité chez Levinas. Dans les oeuvres : «Entre Nous, Totalité et Infinit, Autrement qu’être ou au – delà de l’essence et Difficile liberté apparaissent l’Éthique, la Politique et la Sociabilité comme des thèmes articulés. Dans ces oeuvres le «face-à-face» est vu pas en soi même. S’il était vu de lui - même, il ne viabiliserait pas le penser avec l’autre et aussi ne serait pas possible penser l’édification d’une société humaine. L’Éthique prescrit une politique et un droit. Le principe pour cette réalisation est la philosophie de l’alterité. L’éthique comme philosophie première est le respect à l’alterité de l’autre. La responsabilité par l’autre exige replacer l’autonomie dans un nouveau palier de la pensée. Le Moi n’a jamais existé ni existera dans une indépendance absolue d’autonomie totale. Le sujet est historique et social ; nait toujours dans une relation pluriel. C’est l’alterité qui rend possible la constitution du Moi. Se l’autre n’existait pas, le Moi perdrait la condition de possibilité de son exister en tant que sujet historique. L’éthique est vue, alors, comme la dimension capable de restruturer les relations humaines à partir du respect alterité de chaque membre de la relation. L’éthique moderne de l’autonomie ferme les portes pour l’alterité. Dans l’analyse de Levinas, un des problèmes soulevé, à propos de la critique au sujet autonome de la modernité, c’est que l’alterité se présenté à lui en étant identique aux autres choses, il n’y a pas de differensation entre autri et les autres objets. L’Autre n’est pas une position du Moi – mais une interpellation permanente. La présence de l’autre devant le Moi, dans la perspective de l’autonomie moderne, c’est une présence subjuguée et dominée. Levinas a fait une alerte dans l’oeuvre Totalité et Infinit, en disant que le face à face, de lui-même, il ne rendrait pas possible le penser, l’édification de la sociabilité humaine. C’est dans cet aspect que l’éthique proposée par Levinas a une prescription politique. Après identifier les conditions dans lesquelles se donne l’opposition et l’actualisation de l’éthique, de la politique et de la sociabilité, plus facilement on comprend comment on justifie l’éthique et la politique chez Levinas. La symétrie qui marque la relation avec l’alterité d’Autrui exige repenser les notions de régulation égalitarisme, sociabilité et émancipation. La pluralité objective est la marque des relations humaines et les caractérise comme rencontre pluriel. La politique «se passe» avec l’arrivée du tiers, sur les paramètres en ce qui concerne l’organisation de la Pluralité humaine. La justice arrive avec la nécessité de comparer l’Autre au tiers. La rencontre polarise dans l’être, mais dans le mouvement de ce qui va vers l’Autre pour instaurer la paix et la justice. Pour Levinas celle-ci serait la source de légitimé de l’État ; et si l’État n’accomplissait pas cette vocation, s’il ne permettait pas les relations interpersonnelles ou s’il occupait leurs place, il serait illégitime. La politique est le moment en que le Moi s’ouvre à l’alterité de l’autre, en restant en garde de la responsabilité par l’Autre dans la relation du face-à-face. La politique commence dans l’instant où la subjectivité humaine pleinement alerte de sa responsabilité par l’autre, par le face-à-face, prend la conscience du tiers. Cela signifie faire une déposition du sujet autonome de la modernité de son pouvoir de légiférer les principes qui gouvernent la dimension de la justice. / O trabalho investiga a relação entre ética e política a partir da categoria de Alteridade em Levinas. Nas obras Entre Nós, Totalidade e Infinito, De Otro modo que ser o más allá de la Esencia e a Difícil Liberdade aparecem a Ética, a Política e a Sociabilidade como temas articulados. Nestas obras o “face a face” é visto não em si mesmo. Se fosse visto por si só, não possibilitaria o pensar com o outro e também não seria possível pensar a edificação de uma sociedade humana. A Etica prescreve uma política e um direito. A proposta para esta realização é a filosofia da alteridade. A ética como filosofia primeira é o respeito à alteridade do outro. A responsabilidade pelo outro exige reposicionar a autonomia num novo patamar do pensamento. O Eu nunca existiu nem existirá numa independência absoluta de autonomia total. O sujeito é histórico e social nasce sempre numa relação plural. É a alteridade que possibilita a constituição do Eu. Se o Outro não existisse, o Eu perderia a condição de possibilidade de seu existir enquanto sujeito histórico. A ética é vista, então, como a dimensão capaz de reestruturar as relações humanas a partir do respeito pela alteridade de cada membro da relação. A ética moderna da autonomia fecha as portas para a alteridade. Na análise de Levinas um dos problemas levantados, a propósito da crítica ao sujeito autônomo da modernidade, é que a alteridade se apresenta a ele como sendo idêntica às outras coisas, não há diferenciação entre o Outro e os demais objetos. O Outro não é uma posição do Eu – mas uma interpelação permanente. A presença do Outro diante do Eu, na perspectiva da autonomia moderna, é uma presença subjugada e dominada. Levinas fez um alerta na obra Totalidade e Infinito, dizendo que o face a face, por si só, não possibilitaria o pensar a edificação da sociabilidade humana, é neste aspecto que a ética proposta por Levinas tem uma prescrição política. Após identificar as condições nas quais se dá o confronto e a atualização da ética, da política e da sociabilidade, mais facilmente compreende-se como se justifica a ética e a política em Levinas. A assimetria que marca a relação com a alteridade do Outro exige repensar as noções de regulação, igualitarismo, sociabilidade e emancipação. A pluralidade concreta é a marca das relações humanas e as caracteriza como encontro plural. A política “acontece” com a chegada do Terceiro, sobre os parâmetros que dizem respeito à organização da Pluralidade humana.A justiça acontece com a necessidade de comparar o Outro ao Terceiro. O encontro tem sentido como realização da Justiça. A significância que motiva o agir ético não está mais polarizado no ser, mas no movimento do que vai em direção ao Outro para instaurar a paz e a justiça. Para Levinas esta seria a fonte de legitimidade do Estado; e se o Estado não cumprisse esta vocação, se não permitisse as relações interpessoais ou ocupasse o lugar delas ele seria ilegítimo. A política é o momento em que o Eu se abre à alteridade do outro, ficando em alerta da responsabilidade pelo Outro na relação do face a face. A política começa no instante em que a subjetividade humana plenamente alerta de sua responsabilidade pelo outro, pelo face a face, toma consciência da presença do Terceiro. Isto significa fazer uma destituição do sujeito autônomo da modernidade do seu poder de legislar os princípios que regem a dimensão da justiça.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/3510
Date January 2011
CreatorsCosta, José André da
ContributorsSouza, Ricardo Timm de
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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