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Ironia e ceticismo: a desconstrução como o riso da filosofia

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Previous issue date: 2015 / This project defends the thesis that the metaphysics in its classical sense, after the criticism of the deconstruction, completely lost its philosophical relevance. The main concept of this study is the “deconstruction”, developed by the first as “Destruktion” by Heidegger in the V paragraph of his Being and Time and later popularized in the writings of Derrida about language and metaphysics. It is not, absolutely, a concept above controversy: looms, hesitant, between the desire to renewal of metaphysical thought and certain conception deeply debatable cultural relativism. For the authors with whom we worked – mainly, Benjamin, Derrida e Rorty -, the entire metaphysics, and not this or that specific topic in its interior, turned into a deeply problematic activity and that, therefore, needs to be reexamined and deconstructed. Thus they intended to enter and transcend completely the fundamental project of the metaphysics tradition and with this sought a way to interpret in a frame and in an entirely new record, which meant, after all, to forge an entirely original theoretical writing style. What we defend in this thesis is that there is a dialectic tension that connects this marginal philosophy and its matters with the Great Tradition, in the sense which one only exists by the veiled presence of the other and of which the creative strength of the marginal philosophy is the perennial source of renewal of the official philosophy. That is why Derrida will address all the time of a boarder thought, that Benjamin will address of a philosophy of threshold and Rorty will propose a literalization of philosophical work. All this work of reexamine of the fundamentals of metaphysics made the balance of the ontological thought leaned dangerously in direction to a skeptical and ironic discourse that threatened dislodge many of the core issues of tradition. This work that for the first time came to question the credential of ontological thought, since certain fundamental ambiguity conducted to its own condition. Therefore, the criticism function to the metaphysics held by deconstruction was to resist to a certain semantics domination, engaging through both discourse as practice in a smaller marginal activity. This mouse trap game of deconstruction with the metaphysics was the brunt between an official tradition which intended to be the totality of relevant ontological matters and certain marginal philosophers that mock these issues for considering it a fantasy of the metaphysic brain compulsively totalizing. The deconstruction is bold according as it challenges a thought which still needs absolute values, metaphysical foundation and transcendental subject. Against this it mobilized the transgression, the multiplicity, the irony, the skepticism and the laughter. / Este trabalho defende a tese de que a metafísica em seu sentido clássico, após as críticas da desconstrução, perdeu totalmente sua relevância filosófica. O principal conceito deste estudo é o de “desconstrução”, desenvolvido pela primeira como “Destruktion” por Heidegger no parágrafo V de seu Ser e tempo e depois popularizado nos escritos de Derrida sobre linguagem e metafísica. Não se trata, absolutamente, de um conceito acima de controvérsias: paira, hesitante, entre o desejo de renovação do pensamento metafísico e certa concepção profundamente discutível de relativismo cultural. Para os autores com os quais trabalhamos – principalmente, Benjamin, Derrida e Rorty – toda a metafísica, e não esse ou aquele tópico específico no interior dela, tornou-se uma atividade profundamente problemática e que, por isso, precisa ser reexaminada e desconstruída. Assim eles pretenderam adentrar e transcender por completo o projeto fundamental da tradição metafísica e com isso buscaram uma forma de interpretá-la numa moldura e num registro inteiramente novo, o que significou, no final das contas, forjar um estilo de escrita teórica inteiramente original. O que defendemos nessa tese é que há uma tensão dialética que liga essa filosofia marginal e suas questões com a Grande Tradição, no sentido em que uma só existe pela presença velada da outra e de que a força criativa da filosofia marginal é a fonte perene da renovação da filosofia oficial.É por isso que Derrida irá falar o tempo todo de um pensamento das margens, que Benjamin irá falar de uma filosofia do limiar e Rorty irá propor toda uma literalização do trabalho filosófico. Todo esse trabalho de reexame dos fundamentos da metafísica fez com que o equilíbrio do pensamento ontológico pendesse perigosamente em direção a um discurso cético e irônico que ameaçava desalojar muitas das questões centrais da tradição. Esse trabalho que pela primeira vez veio a interrogar sobre as credenciais do pensamento ontológico, uma vez que certa ambiguidade fundamental conduzia sua própria condição. Sendo assim, a função da crítica à metafísica realizada pela desconstrução foi a de resistir a certa dominação semântica, engajando-se através tanto do discurso quando da prática numa atividade menor e marginal. Esse jogo de gato e rato da desconstrução com a metafísica era o embate entre uma tradição oficial que pretendia ser a totalidade das questões ontológicas relevantes e certos filósofos marginais que ironizam essas questões por considerá-las uma fantasia do cérebro metafísico compulsivamente totalizante. A desconstrução é ousada na medida em que desafia um pensamento que ainda precisa de valores absolutos, fundamentos metafísicos e sujeitos transcendentais. Contra isso ela mobilizou a transgressão, a multiplicidade, a ironia, o ceticismo e o riso.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/7769
Date January 2015
CreatorsDal Forno, Ricardo Lavalhos
ContributorsStein, Ernildo Jacob
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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