CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A nossa pesquisa tem por objetivo acompanhar as formulaÃÃes do conceito de fim de
anÃlise, desde Freud, passando pelos pÃs-freudianos e chegando Ãs contribuiÃÃes do ensino
de Lacan. Para tanto, dividimos metodologicamente o nosso percurso em trÃs momentos
distintos: 1. o percurso do conceito de fim de anÃlise em Freud; 2. a investigaÃÃo dos
conceitos de cura e de fim de anÃlise nas produÃÃes teÃricas dos analistas contemporÃneos a
Freud e pÃs-freudianos; 3. o redimensionamento das perspectivas terapÃuticas e do conceito
de fim de anÃlise a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan. No primeiro momento, vimos
de que modo a introduÃÃo do conceito de pulsÃo de morte, em 1920, contribuiu para a
dissociaÃÃo definitiva entre o fim de anÃlise e os fins terapÃuticos. TambÃm pudemos discutir
a direÃÃo do tratamento em Freud, os obstÃculos à cura e ao fim de anÃlise e a proposiÃÃo
tÃcnica das construÃÃes em anÃlise, uma saÃda artificial, proposta por Freud, aos impasses do
tratamento analÃtico. Na segunda parte, investigamos as soluÃÃes dadas pelos analistas pÃsfreudianos
ao obstÃculo da economia pulsional. Partimos da hipÃtese de que o movimento
analÃtico nÃo aceitou, de bom grado, as contribuiÃÃes do conceito de pulsÃo de morte,
preferindo traduzi-las em termos de amortecimento dos resultados terapÃuticos. Nessa
perspectiva, dois obstÃculos tornaram-se supostos lanÃar o tratamento analÃtico em uma tarefa
sem fim: em 1930, o carÃter fazia obstÃculo à cura, por sua relaÃÃo estreita aos obscuros
modos de satisfaÃÃo pulsional; em 1950, o ser do analista embotava o bom andamento da
transferÃncia, constituindo-se como um inoportuno resÃduo ao fim das anÃlises didÃticas e
terapÃuticas. Na Ãltima parte do nosso trabalho, a partir das contribuiÃÃes de Jacques Lacan, a
constituiÃÃo da tÃpica do imaginÃrio conferiu inteligibilidade aos impasses a que haviam
chegado os analistas pÃs-freudianos. Sob a Ãgide do imaginÃrio, demonstramos os efeitos
desastrosos em elidir o discurso inconsciente no tratamento analÃtico, e apontamos a proposta
lacaniana de retomar as referÃncias do campo da fala e da linguagem. Ao fim do nosso
percurso, acompanhamos a crÃtica de Lacan ao modelo de formaÃÃo da IPA e a saÃda proposta
por ele, o dispositivo do passe, para lidar com os limites da formaÃÃo analÃtica e do fim de
anÃlise. Na conclusÃo, pudemos apontar de que modo o nosso trabalho lanÃa luz sobre as
questÃes referentes à formaÃÃo do analista e contribui à transmissÃo da psicanÃlise. / Our research aims at following the formulations for the concept of end of analysis
beginning with Freud, going through the post-Freudians, and reaching the teaching
contributions from Lacan. To this end we divided our path methodologically in three distinct
segments: 1. the pathway for defining the concept of end of analysis as propounded by Freud;
2. the investigation of the concept of cure and end of analysis in the theoretical productions of
Freudâs contemporaries and post-Freudians; 3. the reassessment of therapeutic perspectives
and the concept of end of analysis as contributed by Jacques Lacan. In the first moment, we
were shown how the inception of the concept of death drive in 1920 contributed to the final
break-up between end of analysis and therapeutic intents. We were also able to discuss
treatment guidelines as propounded by Freud, the hurdles impeding the cure and the adoption
of end of analysis, and the technical proposition for analysis construction, an artificial
solution advanced by Freud to counter the difficulties with analytical treatment. In the second
part, we investigated solutions as propounded by post-Freudian analysts to the problem of the
economics of compulsion. We set out from the hypothesis according to which the analytical
movement did not accept easily the contributions from the concept of death drive, rather
opting for interpreting them as a lessening of therapeutic results. Within this view, two
obstacles impeded the analytical treatment turning it into a never-ending task: in 1930,
character was an obstacle to cure because of its close relation to the obscure ways of drive
satisfaction; in 1950, the analystâs self blurred the good development of transference,
appearing as an inconvenient waste from the end sought by didactical and therapeutic
analyses. In the last part of our work, the constitution of topic in its imaginary configuration,
having its source on Lacanâs contributions, conferred intelligibility to the standstill reached by
post-Freudian analysts. Under the aegis of a configuration shaped by imaginary values we
demonstrated the disastrous results from the attempt to elide the unconscious discourse from
the analytical treatment, and we pointed to a Lacanian proposal of resuming field references
for speech and language. At the end of our pathway, we accompanied Lacanâs critical
appraisal of the model for IPA formation and his solution to the problem, namely, the pass
procedure to deal with the limits of analytical formation and end of analysis. As a conclusion,
we could evaluate how our work throws a light upon issues referring to the analystâs
formation and how it contributes to psychoanalysis transmission.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:3460 |
Date | 12 April 2010 |
Creators | Ana Carolina Borges LeÃo Martins |
Contributors | LaÃria Beserra Fontenele, Orlando Soeiro Cruxen, Tania Coelho dos Santos |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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