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Previous issue date: 2017-02-23 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A Mata Atlântica possui uma das mais ricas biodiversidades do mundo, abrigando uma grande variedade de espécies animais e vegetais. Além disso, este bioma também fornece um amplo conjunto de serviços ecossistêmicos. Entretanto, em virtude da sua fragmentação, tanto a sua biodiversidade quanto os serviços ecossistêmicos foram afetados drasticamente. Diante deste cenário, estudos científicos voltados para a dinâmica de crescimento e prognose da estrutura diamétrica ao longo do tempo são de extrema importância para conservação das múltiplas funções ambientais destes remanescentes florestais, principalmente a de estocar carbono. Ademais, por meio do conhecimento sobre a produção da necromassa se torna possível inferir a respeito da saúde da floresta e da contribuição deste compartimento na assimilação de carbono da atmosfera. Desta forma, objetivou-se com este estudo determinar o estoque de carbono pela necromassa, avaliar a dinâmica de crescimento em carbono das espécies e prognosticar a distribuição diamétrica e o estoque de carbono de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana, com 44,11 ha. A dissertação foi dividida em 3 artigos. No primeiro artigo, foi avaliado o estoque de carbono pela necromassa presente na área de estudo. Para isso, foram inventariadas vinte parcelas (10x50 m), em 2015, em que mensurou-se toda a necromassa. Em termos de estoque de carbono, foi encontrado uma estimativa de 3,5 ± 0,1 MgC.ha -1 para os resíduos lenhosos caídos no solo (CWD – Coarse Woody Debris), 2,1 ± 0,2 MgC.ha -1 para as árvores mortas em pé (snags) e 3,0 ± 1,2 MgC.ha -1 para a serapilheira. Desta forma, A necromassa de uma Floresta Estacional Semidecidual pode estocar 8,6 ± 0,7 MgC.ha -1 de carbono e não deve ser negligenciada em estudos sobre estoque deste elemento. No segundo artigo, foi avaliada a dinâmica de crescimento em carbono do fragmento florestal. Neste caso, foram mensurados e identificados botanicamente todos os indivíduos com dap ≥ 5 cm nos anos de 2010 e 2015. No período de monitoramento, o estoque de carbono se elevou de 52,56 ± 1,17 MgC.ha -1 para 62,57 ± 1,15 MgC.ha -1 . O crescimento bruto em carbono (incluindo a mortalidade e o ingresso) foi de 12,72 MgC.ha -1 . Já o incremento periódico anual foi de 2,00 MgC.ha -1 .ano -1 . A partir destes resultados, conclui-se que as árvores do fragmento florestal apresentam crescimento positivo do estoque de carbono em virtude do avanço sucessional, ratificando a importância das florestas secundárias de Mata Atlântica na mitigação de gases de efeito estufa e que as espécies que mais contribuem para o estoque de carbono do fragmento florestal são a Piptadenia gonoacantha, Anadenanthera peregrina, Myrcia fallax, Matayba elaeagnoides e Sparattosperma leucanthum. No terceiro artigo, objetivou-se prognosticar a distribuição diamétrica e o estoque de carbono do fragmento. Com base nos dados observados nos anos de 2010 e 2015, projetou-se a distribuição diamétrica do fragmento florestal e das espécies pioneiras e não pioneiras para o ano de 2015 e 2020, utilizando a cadeia de Markov. Além disso, foi quantificado o volume, biomassa e estoque de carbono a partir das frequências estimadas. Ao se comparar a distribuição diamétrica observada e estimada em 2015 (est.: 1686 fustes.ha -1 ; obs.: 1692 fustes.ha - ), ficou comprovada a aderência da cadeia de Markov para realizar a prognose da floresta (X 2 Calc = 0,013 < X 2 Tab = 4,575). Diante desta comprovação, projetou-se a distribuição diamétrica do fragmento para o ano de 2020 o qual ancançou o número de 1799 fustes.ha -1 . Para as espécies pioneiras o número de fustes por hectare estimados e observados, para 2015, foi de 474 e 476, respectivamente (X 2 Calc = 0,072 < X 2 Tab = 4,575). Já para as não pioneiras o número estimado foi de 1199 fustes.ha -1 e o observado de 1203 fustes.ha -1 (X 2 Calc = 0,170 < X 2 Tab = 4,575). Ao se projetar a distribuição diamétrica para 2020, foi obtido um número de 473 fustes.ha -1 para as pioneiras e 1339 fustes.ha -1 para as não pioneiras. Em termos de estoque de carbono, foi observado um aumento de 43,80 MgC.ha -1 , em 2015, para 48,72 MgC.ha -1 , em 2020, considerando todo o fragmento florestal. Este aumento também foi vericado para os grupos ecológicos neste mesmo período, sendo que o estoque de carbono das espécies pioneiras passou de 13,80 MgC.ha -1 para 15,11 MgC.ha -1 e das não pioneiras de 29,22 MgC.ha -1 para 33,00 MgC.ha -1 . Assim, conclui-se que a distribuição diamétrica continuará sendo de “J-invertido” e que a floresta irá continuar atuando como sumidouro de carbono da atmosfera nos próximos anos, sendo que a maior contribuição será das espécies não pioneiras. / The Atlantic forest possesses one of the richest biodiversities in the world, housing a great variety of plant and animal species. Additionally, this biome provides a wide range of ecosystem services. However, due to fragmentation, both its biodiversity and ecosystem services have been drastically affected. Given this, scientific studies investigating growth dynamics and prognosis for diametrical structure over time are of great importance for the conservation of the multiple environmental functions of these remnant forests, principally that of carbon storage. Further, through understanding the production of necromass, it becomes possible to make inferences regarding the health of the forest and the contribution of this area in absorbing carbon from the atmosphere. Therefore, in this study we aimed to determine carbon storage by necromass, assessing the growth dynamics in carbon of the species and determining the diametrical distribution and carbon storage of a Semi Deciduous Seasonal Forest, with 44.11 ha. The dissertation was divided into three articles. In the first, carbon storage by necromass found at the study site was assessed. With this in mind, an inventory of twenty parcels (10x50 m) was made, in 2015 in which all of the necromass was measured. In terms of carbon storage, an estimated 3.5 ± 0.1 MgC.ha -1 was determined for wood residues fallen on the ground (CWD – Coarse Woody Debris), 2.1 ± 0.2 MgC.ha -1 for dead trees still standing (snags) and 3.0 ± 1.2 MgC.ha -1 for ground cover. Therefore, the necromass of a Semi Deciduous Seasonal Forest can store 8.6 ± 0,7 MgC.ha -1 of carbon and should not be neglected in studies regarding storage of this element. In the second article, the growth dynamics in carbon in the forest fragment were assessed, in this case, all the individuals with DBH ≥ 5 cm in the years 2010 to 2015. During the monitoring period, the carbon storage went from 52.56 ± 1.17 MgC.ha -1 to 62.57 ± 1.15 MgC.ha -1 . From these results, it was concluded that the trees of the forest fragment showed positive growth of carbon storage due to successional advancement, demonstrating the importance of secondary Atlantic forests in mitigating greenhouse gases and showing that the species that contribute to carbon storage in the forest fragment are Piptadenia gonoacantha, Anadenanthera peregrina, Myrcia fallax, Matayba elaeagnoides e Sparattosperma leucanthum. In the third article, we sought to determine diametrical distribution and the carbon storage of the fragment. Based on the data observed during the years 2010 and 2015, the diametrical distribution of the forest fragment and of the pioneering and non-pioneering species for the years from 2015 to 2020 were projected, using Markov chains. Additionally, the volume, biomass and carbon storage were quantified, based on estimated frequencies. When comparing the diametrical distribution observed and that estimated for 2015 (est.: 1686 stems.ha -1 ; obs.: 1692 stems.ha -1 ), the adherence of the Markov chain to realize the prognosis of the forest was demonstrated (X 2 Calc = 0.013 < X 2 Tab = 4,575). Given this, the diametrical distribution for the fragment up until the year 2020 was projected, reaching 1799 stems.ha -1 . For the pioneering species the number of stems per hectare estimated and observed, for 2015, was 474 and 476, respectively (X 2 Calc = 0.072 < X 2 Tab = 4,575). For non-pioneering species the estimated number was 1199 stems.ha -1 and the observed 1203 stems.ha -1 (X 2 Calc = 0.170 < X 2 Tab = 4,575). When projecting the diametrical distribution for 2020, the number of 473 stems.ha -1 was obtained for pioneers and 1339 stems.ha -1 for non-pioneers. In terms of carbon storage, an increase from 43.80 MgC.ha -1 in 2015 to 48.72 MgC.ha -1 , in 2020 was observed, considering the whole forest fragment. This increase was also verified for the ecological groups during this period, with the carbon storage of the pioneering species going from 13.80 MgC.ha -1 to 15.11 MgC.ha -1 and the non-pioneering from 29.22 MgC.ha -1 to 33.00 MgC.ha -1 . In this manner the diametrical distribution will continue being “J-inverted” and the forest will continue acting as a carbon sink for the atmosphere over the coming years, with the greater contribution being from the non- pioneering species.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/11558 |
Date | 23 February 2017 |
Creators | Villanova, Paulo Henrique |
Contributors | Jacovine, Laércio Antônio Gonçalves, Torres, Carlos Moreira Miquelino Eleto |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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