As lesões musculares apresentam altas incidência e são responsáveis pela maioria das limitações funcionais em trabalhadores e desportistas. O tratamento destas lesões é estabelecido conforme a sua gravidade, podendo variar entre medidas simples como aplicação de gelo, uso de medicamentos, fisioterapia e medidas mais complexas como a abordagem cirúrgica. Entre as modalidades terapêuticas da fisioterapia, o ultrassom (US) é muito utilizado e vêm sendo associado a aplicação de medicamentos de uso tópico, procedimento conhecido como fonoforese. A literatura vêm apresentando divergências em relação à efetividade da fonoforese, mecanismos de funcionamento e aplicações. Neste estudo buscou-se avaliar o efeito do US e fonoforese sobre o processo inflamatório agudo de lesões musculares. Inicialmente foram analisados os principais modelos de replicação de lesão muscular em animais. A contusão muscular mostrou-se prevalente e com maiores semelhanças com o trauma de humanos. Paralelamente, o US foi testado com dois anti-inflamatórios tópico comerciais (diclofenaco de sódio e cetoprofeno) em experimento in vitro de permeação sobre a pele. Os parâmetros de quantidade e fluxo permeado mostraram melhores resultados quando na combinação com o cetoprofeno, aplicado duas vezes. Para analisar o efeito do US e da fonoforese (cetoprofeno) sobre a inflamação muscular, foi desenvolvido um estudo in vivo e analisado parâmetros de estresse oxidativo e marcadores de inflamação celular e tecidual. Os resultados de dano oxidativo (dano a lipídios e proteínas) e atividade antioxidante enzimática não mostraram diferenças entre os grupos após 72 h da lesão. Os resultados de defesa antioxidante não enzimática sugerem que o ultrassom possa ter efeito positivo em relação aos demais tratamentos. As medidas da enzima ciclooxigenase 2 e da citocina TNFα não foram alteradas nos grupos avaliados e, na análise morfométrica do músculo, o anti-inflamatório tópico sugere efeitos positivo. Com os parâmetros utilizados neste estudo, o US e a fonoforese não foram capazes de influenciar o processo inflamatório ou o estado redox da célula, sugerindo que a inflamação transcorreu espontaneamente. / The muscle injuries present high incidence and are responsible for most of the functional limitations in workers and athletes. The treatment of these lesions is established accordingly to their severity, ranging between simple measures as ice application, medication use, physiotherapy and a more complex intervention such as surgery. Among all therapeutic modalities in physiotherapy the ultrasound (US) is widely used and has been associated with application of topical drugs, a procedure known as phonophoresis. The literature has shown discrepancies in the effectiveness of phonophoresis, functioning mechanisms and applications. This study evaluated the effect of US and phonophoresis on the acute inflammatory process of muscle injuries. Initially were analyzed the main models for replication of muscle injuries in animals. The muscle contusion showed prevalent and with major similarities with the human trauma. At the same time, the US was tested with two commercial topic anti-inflammatory (diclofenac sodium and ketoprofen) in an in vitro experiment of skin permeation. The parameters of quantity and permeate flux showed better results when in combination with ketoprofen, applied twice. To examine the effect of US and phonophoresis (ketoprofen) on muscle inflammation, it was developed an in vivo study analyzing parameters of oxidative stress and inflammation markers in cell and tissue. The results of oxidative damage (lipids and proteins) and antioxidant enzyme activity showed no differences between the groups after 72 hours of lesion. The results of non-enzymatic antioxidant defense suggest that US may take positive effect compared to other treatments. The cyclooxigenase 2 measures and TNFα were not changed in evaluated groups, and the morphometric analysis of muscle indicate positive effects of topic antiinflammatory. With the parameters used in this work, the US and phonophoresis were not able to influence the inflammatory process or the redox state of cell, suggesting that inflammation progressed spontaneously.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/143565 |
Date | January 2013 |
Creators | Souza, Jaqueline de |
Contributors | Gottfried, Carmem Juracy Silveira |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.002 seconds