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O processo de trabalho do preso da grande Vitória : a atividade laborativa extramuros

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Previous issue date: 2015-11-30 / A presente pesquisa busca empreender uma análise sobre o processo de trabalho prisional externo na Grande Vitória (dando ênfase à atividade laboral), discutindo e revelando, sobretudo, as peculiaridades e características do trabalho prisional exter- no e a percepção dos presos sobre o seu trabalho. Como hipótese, o estudo visa confirmar (ou não) que o trabalho prisional externo diminui algum (ou alguns) dos efeitos negativos do cárcere. Para tanto, a hipótese, objeto e objetivos foram ilumi- nados a partir da análise crítica da categoria trabalho, de acordo, assim, com a teo- ria de Marx, principalmente quanto à centralidade do trabalho para o ser social, por meio do qual o homem é capaz de modificar, não somente a natureza, mas também a si próprio e a sociedade. Considerou-se também que na análise de Marx o traba- lho possui uma dupla determinação na mercadoria, já que no capitalismo ele é es- sencial, por exemplo, para a criação de mais-valia, fruto da exploração do trabalha- do. Buscou-se chegar ao proposto através de pesquisa documental, por meio de questionários e de entrevistas aos presos do regime semiaberto da Grande Vitória que exercem atividades laborais externas, além de Grupos de Discussão. Foram aplicados 157 questionários, três entrevistas e realizados nove Grupos de Discus- são. A análise dos dados revelou que o trabalho prisional externo é, em geral, precá- rio, flexível e intenso, sendo que o fato de o trabalhador estar em situação de priva- ção de liberdade proporciona o aprofundamento da exploração capitalista. Sobre a perspectiva dos presos, o trabalho aparece (também) como meio de restauração de práticas cotidianas, fuga da ―trancaǁ constante, esperança de remição da pena, pos- sibilidade de auxílio financeiro aos familiares, vontade de qualificação e profissionali- zação. Por outro lado, os dados, sobretudo os qualitativos, demonstraram ser frus- tradas, via de regra, as esperanças iniciais ligadas ao trabalho prisional externo. Ou- tros dados fundamentais apontam ―penas vencidasǁ, não contabilização das remi- ções, precariedade alimentar, além da desconsideração (usual) das aptidões físicas e mentais dos internos. Estas são algumas questões que levam a entender porque, na linguagem do presídio, o trabalho do regime semiaberto chegou a ser chamado de ―trabalho escravo remunerado

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufes.br:10/8765
Date30 November 2015
CreatorsMenezes, Bruna Bolonha de
ContributorsSalazar, Sílvia Neves, Misse, Michel, Carvalho, Thiago Fabres de, Valadão, Vande de Aguiar
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Política Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccess

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