As políticas públicas de educação especial, as diversas didáticas e as ofertas de formação de professores, dificilmente ocupam-se da temática da alteridade. Cursos formativos centrados na reeducação, no conhecimento diagnóstico e em orientações acabadas sobre que e como fazer, não contemplam os impasses oriundos de um encontro com um aluno lido como estranho; da paralização do professor ante a presença de um sujeito que parece não aprender, não relacionar-se, não estar. Como o professor acolhe a alteridade do aluno? É preciso um árduo trabalho neste sentido. Nesta pesquisa nos propomos a pensar tal trabalho como uma travessia capaz de reposicionar discursivamente ao professor ante seu aluno com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Para tanto, tomaremos como campo empírico uma formação continuada de professores em seus I e II módulo, ocorrida entre os anos 2012 y 2013, no município de Porto Alegre, situado no estado de Rio Grande do Sul no Brasil. Nesta formação, o professor foi convidado a ler o vivido e torná-lo experiência através de sua escrita. Sendo acompanhado de um leitor, através de anotações e comentários à margem do escrito. As textualidades constitutivas desta pesquisa dão conta dos (des)encontros entre três professores participantes do curso, relacionados com a inclusão escolar de alunos com TGD. Trata-se de um estudo exploratório cuja metodologia contempla o ensaio como forma. O tecido argumentativo é construído considerando o filme: A Viagem de Chihiro, o conceito freudiano do estranho e a conceptualização de leitura de Barthes. Como resultados destacamos: a construção narrativa, sobre um aluno que inicialmente produz silêncio e mal-estar, permite deslocamentos importantes na posição enunciativa e na prática pedagógica dos professores; a potencia da alteridade como temática a ser contemplada na formação de professores, nas políticas e na implementação dos processos inclusivos; no trabalho em rede que contempla o acolhimento do aluno e também do professor, em seus temores e incerteza. / Public policies about special education, the different teaching techniques and the offerings of teacher’s training, hardly address the subject of alterity. Training courses focused in re-education, in diagnostics and already-made orientations about what and how-to do, do not take into account the impasses that come from an encounter with a student read as uncanny; from the paralyzation of the teacher upon the presence of an individual that seems not to learn, not to associate with other, not to be. How does the teacher embrace the student’s alterity? Hard work is necessary in this matter. In this research, we propose ourselves to think this duty as a journey able to reposition the teacher by means of words upon her student with Pervasive Developmental Disorder (PDD). For that end, we will take as empirical field a continued teacher training (I and II stages) between 2012 and 2013, in the city of Porto Alegre, located in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. In such training, the teachers were invited to read what they lived and turn that into experience through writing, while being accompanied by a reader, through annotations and comments on a side of what was written. The texts that set up this research deal with the (dis)encounters among three teachers that participated in the training, related with the inclusion of students with PDD in the school. This is an exploratory study with a methodology that contemplates the essay as form. The argumentative tissue is built considering the film called Spirited Away, the Freudian concept of the uncanny and the concept of reading proposed by Barthes. As results we can note: the narrative construction, about a student that initially produces silence and discomfort, allows important disruptions in the declarative position and in the pedagogic practice of the teachers; the potential of the alterity as something that has to be considered in teacher training, policies, and the implementation of inclusive processes; in the collaborative work that considers embracing the student and the teacher, as well, in her fears and uncertainty. / Las políticas públicas de educación especial, las diversas didácticas y las ofertas de formación de profesores, difícilmente se ocupan de la temática de la alteridad. Cursos formativos centrados en la reeducación, en el conocimiento diagnóstico y en orientaciones acabadas sobre qué y cómo hacer, no contemplan los impases oriundos de un encuentro con un alumno leído como ominoso; de la paralización del profesor ante la presencia de un sujeto que parece no aprender, no relacionarse, no estar. ¿Cómo el profesor acoge la alteridad del alumno? Es preciso un arduo trabajo en este sentido. En esta pesquisa, nos proponemos a pensar tal trabajo como una travesía capaz de reposicionar discursivamente al profesor ante su alumno con Trastornos Generalizados del Desarrollo (TGD). Para ello, tomaremos como campo empírico una formación continuada de profesores en sus I y II módulo, ocurrida entre los años 2012 y 2013, en el municipio de Porto Alegre, situado en el estado de Rio Grande del Sur en Brasil. En dicha formación, el profesor fue convidado a leer lo vivido y tornarlo experiencia a través de su escritura. Siendo acompañado de un lector, a través de notas y comentarios al margen del escrito. Las textualidades constitutivas de esta pesquisa dan cuenta de los (des)encuentros entre tres profesores participantes del curso, relacionados con la inclusión escolar de alumnos con TGD. Se trata de un estudio exploratorio cuya metodología contempla el ensayo como forma. El tejido argumentativo es construido considerando el largometraje: El Viaje de Chihiro, el concepto freudiano de lo ominoso y la conceptualización de lectura de Barthes. Como resultados destacamos: la construcción narrativa, sobre un alumno que inicialmente produce silencio y malestar, permite dislocamientos importantes en la posición enunciativa y en la práctica pedagógica de los profesores; la potencia de la alteridad como temática a ser contemplada en la formación de profesores, en las políticas y en la implementación de los procesos inclusivos; el trabajo en red que contempla el acogimiento del alumno y también del profesor, en sus temores e incerteza.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/104490 |
Date | January 2014 |
Creators | Galvis, Gloria Esneida Castrillon |
Contributors | Vasques, Carla Karnoppi |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Spanish |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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