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Edifícios icônicos e lugares urbanos

Edifício Icônico (Iconic Building) é o termo cunhado por Charles Jencks em “Iconic Building – The power of enigma” (2005) para nomear o fenômeno, corrente no campo da arquitetura e do urbanismo, que inicia na rasteira do chamado “Efeito Bilbao”. Ou seja: a atual epidemia global de construção de edifícios emblemáticos que seguiu o bem-sucedido caso do Museu Guggenheim em Bilbao projetado por Frank Gehry, concebido pelas autoridades locais como peça-chave da revitalização urbana e econômica da cidade espanhola. Caracterizado pelo atual cenário de competição global entre cidades, o dito fenômeno, em resumo, apresenta-se como o investimento, tanto estatal quanto privado, na construção de edifícios de formas sintéticas e esculturais, que funcionam como marcas, projetados pelos chamados starchitects (ou arquitetos-celebridades), em busca de sucesso instantâneo de público (e sobretudo, turistas) e, conseqüente retorno financeiro. Por trás das críticas de introduzir sensacionalismo e espetáculo na arquitetura, e considerado como resultado de uma cultura “commodificada”, as quais recolocam sob novos termos a questão da autonomia da arquitetura como, é inegável que este fenômeno tem assumido papel primordial na constituição da paisagem da cidade contemporânea. Em vista da referida importância e popularidade e para além de suas imagens sedutoras, este trabalho busca, após delimitação geral e precedentes históricos, explorar através de exemplos concretos (Museu Guggenheim Bilbao, Casa da Música do Porto e Fundação Iberê Camargo) a capacidade que estes edifícios possuem para confrontar a alegada situação de autonomia comprometida e transformar suas expressivas cargas simbólicas em efetivos lugares urbanos e, igualmente, constituir experiências arquitetônicas relevantes. / Iconic Building is the term coined by Charles Jencks in “Iconic Building - The Power of Enigma” (2005) to name the phenomenon, common in the field of architecture and urbanism which followed the so-called “Bilbao-Effect”. In other words: the current global construction epidemic of emblematic buildings which followed the successful case of the Guggenheim Museum in Bilbao designed by Frank Gehry and conceived by local authorities as key part of the city’s economic and urban revitalization. Characterized by the current scenario of global competition between cities, this phenomenon, in short, presents itself as investments, both state and private, in buildings of condensed and striking forms, which work as trademarks, designed by so-called starchitects (or celebrity architects), looking for instant success with the public (especially tourists) and, consequently, financial income. Despite accusations of introducing sensationalism and spectacle in architecture, and regarded as a result of commodified culture, which address the issue on the autonomy of architecture, this trend has undeniably been playing a key role in the making of contemporary urbanscape. Due to such relevance and popularity and besides its seducting images, this dissertation, after a general outline of the phenomenon and historical precedent, explores through concrete cases the capacity to face the alleged situation of impaired autonomy and to transform the significant symbolic content in effective urban places and also set up relevant architectural experiences.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/60595
Date January 2012
CreatorsAlmeida, João Francisco Gallo de
ContributorsCastello, Lineu
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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