O Sistema Único de Saúde do Brasil enfrenta muitas desafios, dentre eles gerenciar seus resíduos de serviços de saúde (RSS). Esse estudo foi realizado nos principais hospitais públicos de referência estadual no Tocantins, Brasil, com vistas a discutir a atual gestão de RSS, com foco no estado de implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, nas práticas de manejo e estrutura física necessária, e integração entre hospitais e Secretaria Estadual de Saúde (SESAU-TO). A pesquisa foi realizada no período de junho a julho de 2013 por meio de observação sistemática e entrevistas estruturadas com pessoal-chave na gestão de RSS nas unidades. Dentre os 18 hospitais estaduais do Tocantins, 5 possuem PGRSS; e 10 unidades (55,5%) se dispuseram a participar da pesquisa. Neste grupo estão incluídos os 5 que possuem o Plano. Contudo, observou-se que dentre essas 5 unidades, apenas 1 iniciou seu processo de implantação, que não é monitorada e não possui atuação de algum responsável oficial. Constatou-se que todos os hospitais apresentaram falhas no gerenciamento interno de seus resíduos. Os RSS são segregados como infectante, comum e perfurocortante (padronizado pela empresa de limpeza), mas falta rigor na segregação dos resíduos, reflexo da falta de treinamento, acompanhamento e de lixeiras suficientes e com identificação adequada. Não é promovida pela SESAU-TO a integração entre os hospitais em relação ao gerenciamento de RSS. Considera-se que os hospitais localizados no interior, especialmente os menores são os mais prejudicados devido à distância à SESAU-TO e recursos de comunicação e transporte mais precários (logística deficiente). Conclui-se que o PGRSS não representa melhorias na gestão dos RSS nos hospitais estudados, pois não estão sendo implementados, de modo que os 10 hospitais apresentam um gerenciamento inadequado de seus resíduos; que a SESAU-TO não favorece a gestão dos RSS em seus hospitais de forma integrada com vistas a minimizarem-se carências de infraestrutura locais; que a fiscalização sanitária e ambiental estadual não tem colaborado para a melhoria dessa situação pois estas unidades funcionam normalmente apesar de não possuírem licença ambiental e alvará sanitário. / The National Unified Health System faces many challenges, including how to
manage its healthcare service waste (HSW). This study was performed in the mains
reference public hospitals of Tocantins state, Brazil, aiming to discuss the current
management of HSW, with special attention in the state implementation of
Management Plan for Healthcare Service Waste (MPHSW), in management
practices and necessary infrastructure, and integration between hospitals and Health
State Secretary (SESAU-TO). The research was performed from period of June to
July 2013 using systematic observation and structured interviews with responsible
people for management of HSW in each center. Among 18 Tocantins State Hospital,
5 have PGRSS; and 10 places (55.5%) accepted to participate in this research. In
this group are included those 5 which have the plan. However, among these 5
places, just 1 started its implementation process that is not monitored and do not
have official responsible to operate. It was found that all hospitals have failures in
their waste management. The HSW are sorted as infectious, common and sharp
(standardized by the cleaning company), but is missing strict rules in sorting wastes,
result of the lack of training, not enough dump and without correct identification. It is
not promoted by HSH the interaction between these hospitals about management of
HSW. It is considerate that hospitals located in countryside, in special the smallest
hospitals were more prejudiced by the distance to SESAU-TO and communication
researches as transports are poorer (deficient logistic). The conclusion is that
PGRSS does not present improvements in management of HSW in these studied
hospitals, because it have not been implemented, so that 10 hospitals have
inadequate management for their wastes; SESAU-TO don’t promote management of
HSW in their hospitals in an integrated manner in order to minimize up the lack of
local infrastructure; the state sanitary and environmental supervision have not been
collaborating to improve this situation, because these places are working normally
despites they do not have environmental license and sanitary permission.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.uft.edu.br:11612/61 |
Date | 28 March 2014 |
Creators | Pereira, Helca Oliveira |
Contributors | Picanço, Aurélio Pessôa |
Publisher | Universidade Federal do Tocantins, Palmas, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - PPGEA, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFT, instname:Universidade Federal do Tocantins, instacron:UFT |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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