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Avaliação do efeito estrogênico do Ginkgo biloba em ratas Wistar impúberes

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Previous issue date: 2009-08-10 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / O uso de terapia hormonal na menopausa não está isento de riscos sendo
relatados eventos adversos como embolia pulmonar e câncer após seu uso. Nestes
casos, os fitoestrogênios, compostos estrogênicos presentes nas plantas, podem ser
utilizados como alternativa ao tratamento hormonal, já existindo comprovação da
eficácia e segurança em seu uso. O extrato de Ginkgo biloba, um dos fitoterápicos
mais consumidos no mundo, utilizado para o tratamento de distúrbios circulatórios e
neurológicos, produziu efeito estrogênico in vitro em células tumorais MCF7 e
promoveu alteração do epitélio vaginal de camundongos, aventando a possibilidade
do seu uso como um fitoestrogênio. Porém, ainda não existem estudos conclusivos
in vivo indicando o efeito estrogênico do extrato, sendo este o objetivo do presente
trabalho. Neste experimento, foram utilizadas 70 ratas Wistar, pré-púberes, com 22
dias de idade. As ratas foram pesadas e distribuídas aleatoriamente em sete grupos
com 10 animais em cada. O grupo controle negativo recebeu 0,4mL de água
destilada via intragástrica. O grupo controle positivo recebeu 1µg/Kg de 17α-estradiol
em 0,3mL de óleo mineral, via subcutânea. Os grupos tratados receberam extrato de
Ginkgo biloba nas doses de 4, 40, 100, 500 e 1000mg/Kg/dia, administrado em
0,4mL de solução aquosa via intragástrica. A administração das soluções ocorreu
uma vez ao dia por três dias. Após 24 horas do último dia de tratamento foi
analisada a presença de abertura vaginal e os animais foram eutanasiados para
remoção do trato reprodutor. O útero foi separado da vagina e dos ovários e então
pesado. Análise histomorfométrica dos cornos uterinos e vagina (espessura da
mucosa vaginal e do epitélio superficial uterino) foi realizada. A análise estatística
dos dados obtidos foi feita pelo teste ANOVA seguido de teste post-hoc de Tukey ou
Dunnett T3 com nível de significância de α = 0,05. O tratamento com Ginkgo biloba
não alterou o peso corporal nem o peso uterino. A espessura da mucosa vaginal foi
menor nos animais que receberam 1000mg/Kg do extrato. Nos animais tratados com
4, 40, 100 e 500mg/Kg de G. biloba observou-se aumento da espessura do epitélio
superficial uterino. Podemos concluir que o extrato de Ginkgo biloba estudado
apresentou indícios de efeito estrogênico quando administrado a ratas Wistar nas
doses de 4, 40, 100 e 500mg/Kg e efeito antiestrogênico na dose de 1000mg/Kg. / The use of hormonal therapy in menopause is not absent of risks being related
to adverse effects such as pulmonary embolism and cancer due to its use. In these
cases, phytoestrogens, the estrogenic compounds present in plants, can be used as
an alternative to the hormonal treatment. There is already proof of efficacy and safety
in their use. Ginkgo biloba extract, one of the most consumed phytotherapics in the
world, used to the treatment of circulatory and neurologic disturbs, produced
estrogenic effect in vitro in MCF7 tumoral cells and promoted alteration in the vaginal
epithelium of mice, suggesting a possibility of being used as a phytoestrogen.
However, there are not conclusive studies in vivo indicating the estrogenic effect of
any Ginkgo biloba extract, being this the objective of this work. In this experiment
seventy 22 day-old impuberal Wistar rats were used. The rats were weighed and
randomly distributed into seven groups with ten animals each. The negative control
group received 0.4mL of distilled water, by gavage. The positive control group
received 1 µg/Kg of 17α-estradiol in 0.3mL of mineral oil, by subcutaneous injection.
The treated groups received Ginkgo biloba extract in doses of 4, 40, 100, 500 and
1000mg/Kg/day, administered in 0.4mL of aqueous solution, by gavage. The
administration of the solutions occurred once a day during three days. After 24 hours
from the last day of treatment the presence of vaginal opening was analyzed and the
animals were euthanized to remove the reproductive tract. The uterus was separated
from the vagina and from the ovaries and then weighted. The uterine horns and the
vagina were fixed to histomorphometric analysis and vaginal mucosa and uterine
superficial epithelium thickness were measured. Statistical comparisons were made,
using ANOVA, followed by post hoc Tukey or Dunnett T3. The level of significance of
tests was α = 0.05. The Ginkgo biloba treatment did not alter the body weight neither
the uterine weight. The vaginal mucosa thickness was thinner in the animals that
received 1000mg/Kg of the extract. In the animals treated with 4, 40, 100 and
500mg/Kg of Ginkgo biloba it was observed that the uterine superficial epithelium
was thicker. We conclude that the Ginkgo biloba extract studied showed indications
of an estrogenic effect when administered to Wistar rats with doses of 4, 40, 100 and
500mg/Kg and an anti-estrogenic effect with a dose of 1000mg/Kg.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3907
Date10 August 2009
CreatorsPinto, Rafael Moraes
ContributorsGuerra, Martha de Oliveira, Peters, Vera Maria, Boechat, Luis Henrique Barbosa, Reis, João Evangelista de Paula
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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